Quais são as diferenças entre carro comum e carro PCD?

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Você sabe quais são as diferenças entre carro comum e carro PCD? Se não sabe, é hora de aprender. Isso porque os automóveis desse tipo estão cada vez mais populares no Brasil (O número de carros novos que são vendidos com essa classificação só vem crescendo!) e, eventualmente, muitos de nós teremos de lidar com um veículo desse, seja dirigindo, seja nas ruas, conduzido por outra pessoa.

Para se ter uma ideia, nos últimos 10 anos, o número de carros PCD vendidos aumentou 760%. Ou seja: quase multiplicou por nove. Em média, é como se tivesse aumentado 1 vez a cada ano na última década. Existem muitos elementos que contribuem para isso, desde os descontos e condições favoráveis para a compra até uma maior educação da sociedade sobre esses veículos e a necessidade dos usuários.

Para completar essa educação, é hora de saber quais são as diferenças entre carro comum e carro PCD. Quer aprender? Então siga a leitura do artigo abaixo!

Quais são as diferenças entre carro comum e carro PCD?

1. Impostos

A principal diferença entre os carros “comuns” e os para pessoas com deficiência está na isenção ou redução de alguns impostos que deveriam, em teoria, serem pagos pelo motorista ou dono do automóvel.

Os carros para PCD podem contar com isenção total de impostos na sua venda sob duas condições. A primeira é que o veículo tenha sido fabricado em algum país do Mercosul (não precisa ser o Brasil especificamente) e que ele custe até R$ 70 mil reais. De resto, vale qualquer coisa. Caso o automóvel ultrapasse esse valor, ele ainda conta com algumas isenções, mas não todas. Já se ele for importado de fora do Mercosul, não há nenhum benefício na história.

Além dessas isenções, existem outras condições especiais na aquisição dos carros PCD. Por exemplo, o estado de São Paulo oferece isenção de ICMS e de IPVA também, desde que os automóveis sejam vendidos por até R$ 70 mil. Já quando a compra é feita financiada, não há cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) independentemente do preço do automóvel para PCD.

2. Câmbio automático

O câmbio é uma das maiores dificuldades que as pessoas com deficiência têm ao trabalhar com um carro. Isso porque o câmbio manual exige uma ação coordenada nos membros inferiores (para apertar a embreagem) e nos superiores (para trocar a marcha e controlar o carro).

Portanto, para facilitar a vida das pessoas com deficiência, a vasta maioria dos automóveis para PCD são com câmbio automático. Não chega a ser 100% deles, mas algo bem próximo disso.

3. Versão mais depenada

Um ponto negativo, no entanto, é que os carros para PCD costumam ser versões “depenadas” de modelos mais completos vendidos no mercado padrão. Isso acontece por causa daquele teto de R$ 70 mil que a gente mencionou anteriormente.

Como precisam fazer o carro caber nesse teto, as empresas montadoras acabam tirando vários itens de acabamento e de série para tornar o automóvel mais barato. Pode parecer um exagero, mas basta ver o crescimento de preço dos carros no Brasil para entender. Hoje em dia, já existe uma versão do Onix vendida a quase R$ 90 mil!

Portanto, os automóveis para PCD costumam ser menos incrementados. Elementos como banco de couro e roda de liga leve são muito raros de encontrar para esses modelos.

4. Adaptações específicas

Por fim, é claro que os carros para PCD contam com algumas adaptações específicas para cada caso. A situação depende de cada contexto, claro, mas existem alguns itens extras que podem ser instalados ou adaptados para cada motorista ou consumidor.

Por exemplo, alguns automóveis para PCD contam com o sistema de frenagem e aceleração no volante, em vez de estar nos pedais. Isso é útil para as pessoas que possam ter algum tipo de deficiência que limite ou impeça a movimentação dos membros inferiores.

Dependendo do contexto da pessoa que vai comprar o carro, é possível que ele seja feito sob medida, com especificações bem detalhadas. A montadora faria a versão exclusiva para o consumidor, de modo a adaptar o carro para aquela necessidade. Não é algo muito comum, mas acontece no país. A maior parte das modificações são padronizadas com base no grau e tipo de deficiência de cada pessoa.

Pronto! Agora você já sabe quais são as diferenças entre carro comum e carro PCD e, portanto, pode entender melhor esse fenômeno no mercado nacional. Com essas informações, ficou mais fácil compreender se um carro desse tipo é o mais indicado para você. Se você está em dúvidas, consulte a legislação e veja se o seu caso é adequado a pedir pelos benefícios dos automóveis para PCD. Se for o seu caso, exerça o seu direito para ter acesso a esses automóveis.

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