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Idealizador e compositor da Filarmônica de Pasárgada, Segreto já trabalhou com artistas como Tom Zé, Guilherme Arantes e Luiz Tatit e atualmente está dando continuidade à sua carreira solo.
A canção nasceu de Cidadão Kane, filme de 1941 de Orson Welles, especialmente para o projeto do ‘EP Cinemúsicas, Vol. 1’ com canções inspiradas em obras cinematográficas.
“O filme nos conta de forma muito fascinante a história de Kane, personagem cuja trajetória cheia de conquistas materiais não fez apagar o enorme vazio sentimental sentido por ele ao final de sua vida. Me fez pensar em compor uma canção sobre a passagem do tempo e sobre o amor, nesse caso, como representação de tudo o que é mais valioso e essencial em nossa vida (em contraposição ao nosso cotidiano por vezes muito desconectado em relação ao que realmente importa: nossos elos afetivos)”, comenta o artista.
Aproveitando a maneira como a história é apresentada no filme por Welles (por meio de vários flashbacks), Marcelo Segreto pensou em sugerir na letra uma possível regressão do tempo: “Uma volta para o passado como forma de resgatar memórias de infância e o sentido mais essencial de nossa existência”, explica.
O EP “Cinemúsicas, Vol.1” será lançado em novembro e ainda conta com outras canções inspiradas em filmes brasileiros, tais como “Deus e o Diabo na Terra do Sol” de Glauber Rocha, “Lost in Translation” de Sofia Coppola e “Bacurau” de Kleber Mendonça Filho.