Procon tem lista de empresas mais reclamadas na última Black Friday

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A grande sexta-feira promocional do varejo acontece no próximo dia 25. Porém, além das promoções, os consumidores devem ficar atentos para evitar golpes ou problemas futuros com as lojas. O Procon/SP tem uma lista das empresas que mais foram foco de reclamações dos consumidores no período de ofertas da última Black Friday.

O grupo empresarial B2w, que reúne os e-commerces Americanas.com, Submarino, Shoptime, SouBarato e Lojas Americanas, foi o que mais recebeu reclamações. Ao todo, foram 107 registros de clientes insatisfeitos, representando 15%.

Em seguida e não muito atrás, ficou o conglomerado Via S.A., que abrange Casas Bahia, Pontofrio e Extra.com.br. Essas lojas virtuais tiveram 96 reclamações, ou seja, 14%.

Em terceiro lugar está o Magazine Luiza, com apenas 4% das reclamações registradas. Por último, no ranking do Procon estava a Etna, marca de produtos para casa e construção que encerrou suas atividades após um longo período de crise — também com 4%.

O órgão de defesa do consumidor de São Paulo recebeu ao todo 700 denúncias.

Queixa de atraso ou não entrega lidera lista do Procon

De acordo com o Procon, as reclamações mais recorrentes sobre Black Friday foram, em ordem:

Não entrega/demora na entrega, 25% do total

Pedido cancelado após finalização da compra, 23% do total

Mudança de preço ao finalizar a compra, 11% do total

Maquiagem de desconto (desconto oferecido sobre o preço do produto e/ou serviço não é real), 11% do total

Produto ou serviço indisponível, 11% do total

Orientações – Antes de comprar

O Procon-SP orienta o consumidor a pesquisar informações sobre a empresa vendedora, como o endereço físico e a data de abertura, e a consultar o CNPJ no site da Receita Federal. A legislação brasileira garante aos clientes acesso aos dados de lojas online, que sempre devem constar de forma visível, no rodapé ou em uma seção específica do site oficial. Basta rolar a página até o final para ter acesso a informações como CNPJ, endereço, razão social e até telefone. Caso tais informações não estejam presentes, desconfie desde o início;

Ao fazer o pagamento de uma compra por meio do boleto bancário, o consumidor deve conferir todos os dados antes de finalizar o pagamento – como o nome da empresa, data, CNPJ etc. Ao pagar via Pix, o destinatário do pagamento também deve ser conferido atentamente;

Outra medida de segurança é não clicar em links enviados por e-mail, WhatsApp ou mensagens. O órgão estadual de defesa do consumidor tem ainda uma lista chamada “Evite esses Sites”: https://sistemas.procon.sp.gov.br/evitesite/list/evitesites.php;

Uma prática comum de lojas pouco confiáveis na Black Friday é vender produtos por “metade do dobro”. Ou seja, aumentar os preços dos produtos nas semanas anteriores à temporada de ofertas, para então, na semana derradeira, reduzir os valores para o preço original, alegando ser uma promoção. Recomenda-se que o consumidor faça uma pesquisa de preços do produto que pretende comprar e avalie se o preço anunciado – incluindo frete e juros, em caso de parcelamento – vale a pena ou está mesmo em oferta -; páginas como essa do site Testa pra Mim têm feito esse levantamento mantendo o histórico de preço dos principais produtos buscados no período em diversas categorias;

O consumidor que após sua compra tiver problema com atraso, não entrega ou outras questões, deve entrar em contato com a empresa e registrar sua demanda. Caso não consiga uma solução, pode procurar o Procon no atendimento online ou presencial.

“Com o consumidor fazendo mais pesquisa, consultando a credibilidade do site, a reputação da empresa, prestando atenção ao preço total oferecido, acrescido à cobrança de frete, de encargos etc. as reclamações se reduzem aos problemas mais corriqueiros, como atraso e cancelamento do pedido. O balanço geral é positivo”, destaca Fernando Capez, diretor executivo da instituição.

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