A população mundial atingiu 7,89 bilhões no início de outubro de 2021, representando um aumento de aproximadamente 80 milhões de pessoas, em comparação com o mesmo período do ano passado. Usuários de mídia social atingem outro marco impressionante: aumentaram mais de 400 milhões (+9,9%) nos últimos 12 meses, ultrapassando a marca de 4 bilhões. Os usuários de mídia social devem alcançar o equivalente a 60% da população total do mundo neste ano, de acordo com o estudo Digital 2021 October Global Statshot Report, publicado em parceria com a We are Social e Hotsuite.
Coloquei os dados acima a fim de contextualizar como o mundo está praticamente digital. Neste cenário rumo à Transformação Digital, ganham cada vez mais força os conceitos de UX – User Experience e o EX-Employee Experience.
Interpreto o UX como conceito que engloba todos os fatores emocionais de interação de um usuário com o produto, serviço ou solução. O foco no relacionamento e na usabilidade direciona as estratégias e canaliza os objetivos para uma abordagem emotiva que deseja alcançar e conquistar um consumidor atual bastante exigente.
Como o mundo corporativo é um reflexo direto da sociedade, cresce também o conceito de EX – Employee Experience, o qual coloca o funcionário/colaborador no centro das atenções da área de TI, além do RH, importando a experiência deste profissional em relação, por exemplo, à qualidade de acesso às informações de sua empresa, a qualidade de acesso às aplicações corporativas e o clima do ambiente de trabalho de forma geral.
A experiência do colaborador torna-se cada vez mais importante para a retenção de talentos e para obtenção de ganhos de produtividade – num momento atual em que há grande volume de profissionais fazendo suas atividades à distância.
De acordo com a pesquisa 2021 Employee Experience Survey, da WTW, nove em cada 10 empregadores afirmam que aprimorar o EX será prioridade nos próximos três anos em suas organizações. Quando a pergunta foi sobre a prioridade que a experiência de colaboradores tinha antes da pandemia, apenas 52% responderam afirmativamente. Por outro lado, apenas 9% das companhias têm um EX transformador.
Segundo as áreas de RH, o conceito de EX tem como objetivo oferecer equilíbrio entre os resultados e a preocupação genuína com as pessoas que trabalham na companhia. As práticas tradicionais estão sendo transformadas por tecnologias inteligentes, mudando de HCM (gestão do capital humano) para HXM (gestão da experiência humana).
Nos dos últimos dois anos a prioridade foi, em grande parte, a sobrevivência: os líderes se concentraram em manter as empresas funcionando enquanto lidavam com uma série de questões da pandemia.
Atualmente, estamos vendo a reabertura de países e locais de trabalho. Porém, muita coisa mudou. Os líderes precisam ajudar seus profissionais a se ajustarem às mudanças maiores, capacitá-los a lidar com a ambiguidade e apoiá-los para que experimentem e aprendam rapidamente. Não é de se admirar que a EX tenha saltado para o topo das prioridades de gerenciamento.
Vencer a guerra por talentos requer não apenas realizar ações para otimizar a EX, mas realmente colocar as pessoas no centro de todas as tomadas de decisão. É isso que torna este período pós-pandêmico desafiador e empolgante: a EX não é algo que você faz sem planejamento.
Nesse sentido, vejo que algumas empresas (aquelas com maior maturidade digital) começam a prestar mais atenção em plataformas de experiência do funcionário (EXPs), que reúnem comunicações, conhecimento, aprendizagem, recursos e insights. Trata-se de soluções em software que promovem uma nova cultura, a qual integram as diferentes equipes de trabalho e as capacitam a darem o melhor de si, de praticamente qualquer lugar. O futuro caminha nesse sentido, é preciso agora descobrir quais são as ferramentas que poderão nos apoiar nesta jornada.
*João Labre é diretor de TI e sócio da 4MSTech