Ortopedista explica como a tecnologia está transformando o tratamento da artrose e devolvendo qualidade de vida aos pacientes
Com precisão milimétrica e recuperação acelerada, a cirurgia robótica se consolida como uma das maiores inovações da ortopedia moderna. Por muito tempo, a cirurgia de prótese de joelho foi sinônimo de reabilitação longa e resultados imprevisíveis. Hoje, a história é outra. A introdução da cirurgia robótica trouxe uma nova era de precisão e segurança, tornando o procedimento mais personalizado, menos invasivo e com retorno mais rápido às atividades.
“O robô não substitui o cirurgião — ele potencializa a nossa capacidade de planejar e executar o procedimento com exatidão”, explica o ortopedista Dr. Sérgio Costa, especialista em cirurgia do joelho. “É como ter um copiloto tecnológico que garante que cada corte, cada ângulo e cada ajuste da prótese sejam feitos no ponto ideal para aquele paciente.”
A grande vantagem da técnica está no planejamento digital. Antes da cirurgia, é feito um mapeamento tridimensional da articulação, o que permite simular o resultado final e ajustar a prótese de forma milimétrica. Durante o procedimento, o robô guia o cirurgião em tempo real, evitando erros de posicionamento e preservando o máximo possível de estruturas saudáveis.
“O robô nos dá uma visão completa da anatomia do paciente e permite correções imediatas. Isso reduz o trauma cirúrgico e melhora o equilíbrio e o movimento do joelho implantado”, destaca o médico. Os benefícios vão além da precisão. Com menos agressão aos tecidos, os pacientes costumam sentir menos dor, necessitam de menor uso de analgésicos e alcançam uma recuperação funcional mais rápida. Em muitos casos, a reabilitação começa já no mesmo dia!
Outro ponto importante é a longevidade da prótese. Um encaixe perfeito reduz o desgaste e aumenta a durabilidade do implante, o que é especialmente relevante para pessoas mais jovens e ativas. “Quanto mais alinhada e equilibrada a prótese, mais natural é o movimento e maior é a durabilidade do resultado”, reforça Sérgio Costa.
O especialista ressalta, porém, que o sucesso não depende apenas da tecnologia: a experiência do cirurgião e o preparo do paciente são determinantes. “A robótica é uma ferramenta poderosa, mas continua sendo o olhar humano que decide, ajusta e conduz cada etapa. É a junção entre ciência, técnica e sensibilidade.”
Para quem sofre com dores intensas e limitação de movimento causadas pela artrose, a cirurgia robótica surge como uma esperança concreta de voltar a andar sem dor — e viver plenamente. “Nosso objetivo é devolver não só o movimento, mas também a liberdade de fazer o que o paciente ama. E, nesse sentido, a tecnologia é uma aliada que veio para ficar.”, conclui o ortopedista.
Dr. Sérgio R. Costa | @drsergiocosta
Formação em Medicina pela Escola Paulista de Medicina-UNIFESP, 1992-1997.
Especialista pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT e Associação Médica Brasileira
Especialização em Cirurgia do Joelho e Artroscopia – Escola Paulista de Medicina – UNIFESP/HSP
Pós graduação- Mestrado em medicina, Ortopedia – IOT da FMUSP, 2013.
Membro de sociedades nacionais e internacionais:
-Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia–SBOT | Sociedade Brasileira de Cirurgia de Joelho-SBCJ | Sociedade Brasileira de Artroscopia-SBA
– Sociedad Latinoamericana de Artroscopía, Rodilla y Traumatología Deportiva – SLARD | Internacional Society of Arthroscopy, Knee Surgery and Orthopaedic Sports Medicine- ISAKOS | American Academy of Orthopaedic Surgeons – AAOS
