Quer casar comigo?

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Segundo um estudo feito pelo “National Marriage Project “, foi detectado que existe uma tendência muito forte dos casais atuais em não casar ou pelo menos, adiar os planos de casamento para um momento mais oportuno. E por que isto está acontecendo cada vez mais?

Através da psicoterapia com casais solteiros que estão vivendo em casas diferentes e sem assumir um compromisso maior entre eles, cresce uma forte tendência neste discurso de “atingir primeiro os seus objetivos de vida” para depois morar juntos. Segundo eles, significa que homens e mulheres devem priorizar as suas metas individuais, em detrimento do planejamento familiar, enquanto muitos já me falam abertamente que não querem estabelecer qualquer tipo de vínculo desta natureza. Além disto, tenho notado também, um número cada vez maior de homens e mulheres afirmando a sua descrença pessoal na instituição do matrimônio, justificando uma nova percepção e tendência nos gêneros diferentes mas com narrativas semelhantes.

Olhando por um outro ângulo, estamos testemunhando ano após ano o distanciamento progressivo dos casais em relações rasas, muitos com filhos envolvidos nas separações litigiosas, virando armas belicosas no insano jogo da indiferença. Com isto cresce exponencialmente a infidelidade com forte tendência para encontros sexuais informais entre os solteiros e casados também, que buscam ajuda na tecnologia com formatos semelhantes ao “tinder” ou através de outros aplicativos da internet que estimulam encontros casuais fortuitos sem maiores compromissos. Entendo que esta vertente, diminui a probabilidade de um projeto familiar robusto para a maioria dos casais compromissados num futuro muito próximo. De acordo com um censo realizado nos EUA, até os casais veteranos com mais de 50 anos (bodas de prata) estão entrando numa estatística preocupante de crise, com chances altas de separação, tendencia observada em nosso país também.

Aliás, aqui no Brasil, de acordo com as estatísticas do IBGE, até no começo dos anos 2000, a idade média para o casamento era de 25 anos para os homens e 23 anos para as mulheres. Em 2011, a idade média aumentou para 28 anos entre os homens e 26 anos entre as mulheres. De acordo como o relatório de estatísticas oficiais, as pessoas não sentem mais a necessidade de se casar como antigamente para poder fazer sexo, ter filhos, viver junto, etc. Em 2024, segundo o IBGE, cerca de 340 mil brasileiros por meio de ações judiciais e 79.580 casais foram separados de forma extrajudicial até a data de hoje na produção deste artigo de psicologia.

Novamente, os solteiros revelaram que o “casamento feliz” não é mais um atrativo como nas gerações anteriores, especialmente se estes solteiros não quiserem ter filhos, algo que também vem caindo bastante. Tudo isto é uma verdadeira revolução no perfil da família brasileira (ou mundial) com dados brasileiros verificados pelo Censo de 2010 do IBGE confirmando mais uma vez esta disposição crescente ao longo dos anos vindouros.

Conclusão: A vitória nos relacionamentos ainda ficará reservada para os casais que souberem investir na pessoa certa, o problema é que as “pessoas certas” parecem não estarem mais tão disponíveis assim diante de tantas facilidades modernas.  Sabemos que não existem verdades absolutas e definitivas, mas qual será o destino dos novos casais? Entendo que as regras do jogo estão mudando rapidamente e os resultados não tardarão a chegar ou, talvez, já estejamos colhendo os frutos desta temporada comportamental. E você? Quer saber qual é a resposta correta? Aguarde! Pois o tempo não tardará em nos apresentar a nova realidade, mas no momento certo! Algo que não me parece estar muito longe.


Dr. Marcos Calmon

www.drmarcoscalmon.com.br                                                                               psicologo@drmarcoscalmon.com.br

Psicólogo Clínico

CRP 32.619 / 05

WhatsApp: (21) 98675-4720

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