O brasileiro Rafael Maiolino está à frente da produção executiva do Beverly Hills Film Festival, importante festival internacional de cinema que abre as inscrições para a 23ª edição. O evento acontece de 12 a 16 de abril de 2023 no icônico Chinese Theater, em Los Angeles*.
Fundado em 2001, o BHFF é considerado um dos festivais de cinema mais exclusivos e influentes do mundo. Anualmente ele recebe mais de 44.000 participantes. Seu objetivo é abrir o mercado americano para cineastas de todo o mundo. São aceitos filmes de longa e curta metragem, documentários e filmes de animação.
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Natural de Bragança Paulista, Maiolino cursou Marketing no Mackenzie e MBA em Business Management pela Fundação Getúlio Vargas, ambos os cursos em São Paulo.
Após alguns anos trabalhando como consultor sênior para grandes empresas, decidiu aprimorar o inglês. O que seria um curso rápido mudou a sua vida. Em Hollywood, cursou Business Management of Entertainment na prestigiada UCLA – Universidade da Califórnia, em Los Angeles, e está finalizando o curso de Direção de Cinema, na mesma instituição.
Nestes 5 anos ele viu que poderia unir suas paixões, cinema e negócios, e começa a seguir uma carreira de sucesso na área de produção audiovisual.
“Fui Diretor de Marketing do LABRFF – Los Angeles Brazilian Film Festival – nos anos de 2019 e 2020 e hoje mantenho conexões e contato com diretores, atores, produtores e entusiastas do cinema em mais de 40 países”, fala Rafael sobre a posição que ocupa há 2 anos no Beverly Hills Film Festival.
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“Anualmente o festival recebe milhares de projetos vindo de todo o mundo, porém poucos filmes e scripts são brasileiros”, fala Rafael Maiolino, que acredita que a sua posição possa incentivar os produtores e cineastas brasileiros a se inscreverem no festival. E aproveita para dar uma dica: “o que o BHFF busca são filmes que trazem novos olhares para a diversidade”, fala Rafael, que tem um bom exemplo pessoal para comprovar o que fala.
O roteiro de seu curta metragem despertou muito interesse da banca de seu curso de direção na UCLA. “Recharging”, (‘Recarregando’ em português) fala sobre uma mulher vítima de abusos durante a vida, que encontra uma saída através da fé. O diretor traz, sutilmente, o Candomblé para trama, simbolizado por Yemanjá. “Eles acharam que eu havia inventado esta divindade e se interessaram muito quando souberam de sua origem, em religião ancestral. Surpreender com belas histórias que revelem culturas e tribos é o que o interessa ao mundo do cinema hoje, e não é diferente com o júri do BHFF”, revela Maiolino.
O filme “Recharging” está em fase de edição e conta com as atrizes Priscila Ferrari e Valéria Silva.
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Yemanjá traz a referência ao candomblé.