Quanto vale um show? – perguntava Silvio Santos. E quanto vale um show de um artista cantando e contando as histórias por trás de seus sucessos? Em seu segundo mês no renomado Manouche, o “Me cante uma história” segue proporcionando ao público assistir às apresentações com uma espécie de tecla sap em cada música. Na próxima terça-feira, 20 de setembro, às 20h, a cantora, compositora e jornalista Natália Boere receberá Teresa Cristina.
Teresa cantará e contará as histórias de músicas dela, com “Pra cobrir a solidão”, em parceria com Zé Renato, “Cordão de Ouro”, escrita com Roque Ferreira, “Amém”, que fez com Argemiro da Portela, e “Portela”, composta com Pedro Miranda, e “Pedro e Teresa”.
- As pessoas achavam que Pedro e Teresa eram Pedrinho Miranda e eu. Na época, nem era namorada dele – avisa Teresa, aos risos. – Pedro é Dom Pedro I e Teresa é Teresa Cristina. Foi a minha segunda composição. Na época, fazia literatura inglesa na universidade e troquei por literatura brasileira. E quando li Casa-grande & Senzala, de Gilberto Freyre, fiquei um pouco revoltada com a maneira com que ele falava sobre a miscigenação, esse estupro coletivo das mulheres escravizadas no Brasil.
O “Me cante uma história” nasceu em maio de 2020, no auge da pandemia, como uma série de lives sobre composição no Instagram de Natália (@nataliaboere). Desde então, a artista já recebeu nomes como João Bosco, Fernanda Takai, Alceu Valença, Teresa Cristina, Lellê, Fernanda Takai, Xande de Pilares, Roberto Menescal, Marcos Valle, Jards Macalé, Lobão e Supla.
Tive a felicidade de dividir com o público histórias de clássicos da música brasileira, como “O bêbado e o equilibrista”, de João Bosco, e “La Belle de Jour”, de Alceu Valença. Agora, seguirei contando e compartilhando histórias num palco onde sempre almejei estar, com artistas que tanto admiro – diz Natália, idealizadora do projeto e repórter do jornal O Globo.
SOBRE NATÁLIA BOERE:
Natural de Salvador, Natália Boere mora no Rio de Janeiro desde 2009. Em novembro, fez show no Solar de Botafogo, com participações de Zé Renato, Pedro Miranda e Padre Omar, direção de Suely Mesquita e projeções de Batman Zavareze. Também se apresentou no palco do Aterro do Flamengo no Réveillon do Rio 2019, além de em casas como o Teatro Ipanema, o Beco das Garrafas, o Teatro Café Pequeno, e o Centro da Música Carioca Artur da Távola. Foi uma das vocalistas da segunda formação da banda “O espírito da coisa”. Possui formação em teatro pelo Lee Strasberg Theatre and Film Institute e em canto pela Juilliard School, em Nova York.
SOBRE O MANOUCHE:
A alma cigana já está no nome. Há quatro anos, o Clube Manouche abria no Jardim Botânico, no subsolo da Casa Camolese, com espírito livre. Pronto para receber desde shows de grandes nomes do jazz e da MPB a debates políticos e palestras de filosofia e astrologia. Por lá passaram artistas do quilate de Maria Bethânia, Gilberto Gil, Ney Matogrosso… Agora, a casa será palco do “Me cante uma história”.
FICHA TÉCNICA:
Me cante uma história
Idealização e direção artística: Natália Boere
Participação: Teresa Cristina
Direção de cena: Henrique Alqualo
Produção executiva: Diego Mioto
Produção: João Carvalho
Figurino: Fernando Viana
Styling: Cintia Fevereiro
Maquiagem: Ju Rocha
Fotos: Ney Coelho
Direção artística e curadoria do Manouche: Alessandra Debs
SERVIÇO – SHOW:
Me cante uma história
Data: 20 de setembro
Horário: 20h
Local: Manouche (subsolo da Casa Camolese, Rua Jardim Botânico, 983, Jockey)
Ingressos: R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia solidária, com 1kg de alimento), à venda pelo site clubemanouche.com.br
