Um disco que reúne influências de ritmos da cultura afro-brasileira, mineira e referências do jazz. Esse é “Magma”, primeiro álbum autoral do instrumentista Pedro Gomes – que será lançado no dia 15 de agosto, em todas as plataformas digitais. O disco vai ser lançado em BH, num show especial que o músico faz dentro da programação do Savassi Festival, no Clube de Jazz Café com Letras, dia 15 de agosto, às 20h.
Pedro é, hoje, um dos músicos mais atuantes na nova safra de instrumentistas mineiros e venceu, em 2021, o Prêmio BDMG instrumental. “Magma” traz seis “canções instrumentais” autorais e duas releituras: “Lambada de Serpente”, de Djavan e Cacaso; e “Procissão”, de Gilberto Gil.
Além do álbum, acompanha também o lançamento do site www.pedrogomesmusic.com, que traz textos e curiosidades sobre o disco, making-off, vídeos individuais de cada música e partituras para download, com todos os arranjos.
“Minhas músicas trazem um pouco da minha trajetória musical, desde as raízes com meu pai – Wilson Dias -, nas festas do Jequitinhonha, folias de reis e catopês; até o músico que sou hoje, ciente da importância e da riqueza da cultura afro-brasileira, e influenciado por vários outros sons, de Toninho Horta a Avishai Cohen”, conta Pedro.
O quinteto que o acompanha é formado por Breno Mendonça (saxofone), João Machala (trombone), Lucas de Moro (piano), Paulo Fróis (bateria) e Samy Erick (guitarra). “Magma” tem também a participação especial do violonista Augusto Cordeiro e do flautista Alexandre Andrés, na música “Fugindo do Sete”.
“Estou muito feliz de poder lançar esse trabalho com artistas que admiro tanto, que estão comigo desde o início do processo. A ideia de gravar meu disco já existe há algum tempo, mas depois da conquista do XX Prêmio BDMG Instrumental, encontrei o estímulo que faltava pra tirar essa ideia do papel. E hoje, mostrar para o mundo o trabalho que criamos é um sentimento que eu ainda não conhecia”, comenta o instrumentista.
Quando Letieres Leite ouviu o som de Pedro Gomes ficou tão impressionado que partilhou suas impressões com o músico mineiro Rafael Martini, numa longa conversa ao telefone. Entre outras coisas, a maturidade musical do trabalho chama atenção: das composições à execução dos arranjos, passando pela escolha do sexteto que o acompanha na empreitada do seu álbum de estreia. Letieres parece ter visto aquela Minas Gerais que é do mundo como já viu Milton Nascimento. É que as derivas criadas pela sonoridade de Pedro Gomes vão dar no mar que Minas não tem e levam junto o cheiro inconfundível das montanhas (o mar de Minas), impregnando a maresia. O corpo reconhece as áfricas matriciais que, segundo Letieres, estão em tudo, e vê o trenzinho caipira urbanizando os Brasis com seus vagões cheios do magma das “geraes”, dos catopês, da negritude bantu, da doçura melódica própria dos povos indígenas. Minas vai vazando e escorrendo feito lava de vulcão”.
Déa Trancoso – cantora, compositora, jornalista.Magma
01 – Volta ao Catopê (Pedro Gomes)
02 – Sossega o facho! (Pedro Gomes/Pablo Malta)
03 – Delicadeza (Pedro Gomes)
04 – Procissão (Gilberto Gil)
05 – Fugindo do Sete (Pedro Gomes)
06 – Ciranda (Pedro Gomes/Augusto Cordeiro/Gustavo Maguá)
07 – Lambada de Serpente (Djavan/Cacaso)
08 – Mosaico (Pedro Gomes)
Sobre Pedro Gomes
Aos 28 anos, formado pela Universidade Federal de Minas Gerais, Pedro Gomes, natural de Belo Horizonte, tem participado de diversos projetos de jazz instrumental e música brasileira. Como instrumentista, já atuou com grandes nomes da música brasileira como Flávio Venturini, Frejat, Ana Carolina, Diogo Nogueira, Toninho Horta, entre outros. Em 2013, foi vencedor do concurso Jovem Instrumentista do BDMG. Em 2015, venceu o Novos Talentos do Jazz, com o grupo Jazzcorde-on. Em 2020, o Prêmio da Música Popular Mineira, com o violeiro Wilson Dias (álbum NATIVO/2018). Em 2021, foi vencedor do XX Prêmio BDMG Instrumental, um dos maiores prêmios de composição do país. Atua como músico, produtor musical e arranjador em diversos projetos com Orquestra Ouro Preto, Wilson Dias, Pereira da Viola, Gustavo Maguá, Carolina Serdeira, entre outros.
