Cultive-se a cada vez

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Desde o momento em que acordamos até o instante em que vamos dormir fazemos escolhas. Pequenas e grandes. Instantâneas e demoradas. Incontáveis. Decidimos assim, progressivamente, o rumo que nossa história assume através das opções que entendemos como viáveis naquele momento. Aquelas que julgamos serem as mais acertadas diante dos nossos objetivos e sonhos. Em meio ao que planejamos para o nosso futuro.

E dentre tantas alternativas a serem avaliadas, uma das mais significativas e fundamentais é a coragem de se cultivar. De buscar continuamente desenvolver seu carinho, admiração e respeito por si. Aceitando-se plenamente, nas suas mais diversas e delicadas nuances. Abraçando tudo aquilo que, de alguma maneira, diz algo a seu respeito. Tudo aquilo que lhe constitui e que lhe integra.

Aceitar-se como uma prioridade pode ser algo transformador. E, nesse sentido, esse olhar mais demorado para suas necessidades deixa marcas muito positivas. O bem-estar e o prazer subsequentes melhoram sua qualidade de vida, lhe distanciando muitas vezes, de suas angústias e frustrações. Por conseguinte, se torna um hábito favorável quando se estabelece que uma das suas principais tarefas diárias é a escolha pelo seu autocuidado.

Assim, cuidar de si não é um gasto, mas um investimento. Portanto, se elogie, se motive e se apoie regularmente. Entenda a importância do autossuporte inclusive para o atravessamento de períodos mais complexos ou conturbados. Cuide ativamente de sua saúde mental ao estimular continuamente sua autonomia e autoaceitação e ao desenvolver suas próprias estratégias para esse fim – sem muita autocobrança.

Com isso, você irá beneficiar sua saúde emocional, mental e física. Aumentará sua autoestima e investirá mais em si mesmo, sem culpas ou arrependimentos. Acolherá e abrigará a si nas mais distintas situações, amando-se em primeiro lugar. Reafirmará assim a importância e a diferença que você faz no mundo, ao perceber que o olhar gentil para si é uma escolha – que se deve fazer a cada vez. 


Bruna Richter 

Psicóloga graduada pelo IBMR e Bióloga graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Possui pós-graduação em Psicologia Positiva e em Psicologia Clínica, ambas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Também é formada em Artes Cênicas pelo SATED do Rio Janeiro, o que a ajudou a desenvolver o Grupo Grão, projeto voluntário que atende pessoas socialmente vulneráveis, onde através de eventos lúdicos, busca-se a livre expressão de sentimentos por meio da arte.

Seus livros infantis “A noite de Nina – Sobre a solidão”, “A música de dentro – Sobre a tristeza” e “A dúvida de Luca – Sobre o medo” fazem parte de uma trilogia que versa sobre sentimentos por vezes vistos como negativos, mas que trazem algo positivo se olharmos para eles mais atentamente. Estes dois últimos inclusive entraram para a lista paradidática de uma tradicional escola montessoriana na cidade do Rio de Janeiro.

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