Clemente Magalhães celebra sucesso do canal “Corredor 5”

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O canal “Corredor 5”, do produtor musical Clemente Magalhães, já é a maior referência de Podcast no Youtube quando se trata de indústria da música. Clê, como é chamado entre os músicos, já levou para sua mesa de papo os maiores diretores de gravadoras, compositores, artistas de música e empresários do segmento, sempre entregando ao seu público informações inéditas e muitas das vezes o “pulo do gato” de importantes cases. Confira agora um bate-papo com Clemente Magalhães e logo abaixo algumas sugestões de entrevistas do seu canal.

Cultura e Negócios: Como surgiu a música na sua vida?

Clemente Magalhães: Eu sempre amei música desde muito cedo quando o rock nacional explode e minha visão de mundo é extremamente impactada por aquela geração brilhante de artistas. Por sorte ou azar meus amigos no colégio eram filhos de artistas e resolveram montar uma banda.

Cultura e Negócios: Quando você se entende como profissional da música?

Clemente Magalhães: Eu me considero um profissional da música quando abro um estúdio de gravação e começo a produzir música para outros artistas. Ali naturalmente o artista vai dando lugar ao cara que fica no backstage trabalhando para que a arte de terceiros seja traduzida da maneira correta em música.

Cultura e Negócios: Como produtor musical, quais trabalhos você destaca?

Clemente Magalhães: Com certeza o álbum de duetos do Renato Russo para EMI. Ali produzi novos arranjos para canções que marcaram a minha vida e minha geração.

Cultura e Negócios: De que maneira surgiu a ideia de ter um canal?

Clemente Magalhães: Da necessidade real de me fazer ser escutado pois tinha acabado de voltar de NY depois de 2 anos de estudos em marketing. Eu cheguei cheio de novas ideias, mas era difícil convencer os grandes players do mercado e até mesmo os artistas de que o que eu estava falando fazia sentido. Nesse momento eu entro num processo de depressão muito sério, me afasto de tudo e de todos e começo a escrever um blog que meses depois se transformaria no meu canal do Youtube. Compartilhar conhecimento, e ao mesmo tempo ter a liberdade de me expressar se tornou um caminho de cura.

Cultura e Negócios: O canal se tornou um serviço para profissionais da música, era o objetivo ou ganhou esse caminho no decorrer?

Clemente Magalhães: A ideia sempre foi ser um hub de informação mais aprofundado em meio a tanto conteúdo genérico.

Cultura e Negócios: Qual foi a sensação quando percebeu que grandes veículos estavam reportando o que acontece no Corredor 5?

Clemente Magalhães: Sinceramente foi natural para mim. Eu acredito muito no que é feito com propósito real de transformação. No início desse ano meu podcast nasce da minha necessidade de dar voz aos grandes profissionais da música num ambiente informal, espontâneo e acolhedor. Não queria mais ser a fonte e sim uma ponte. O que eu não fazia ideia era que esses papos fossem se transformar em uma verdadeira catarse de sentimentos. Quando eu vi as informações extremamente relevantes que cada convidado deixava ali deixaram de ser protagonistas para que as histórias dessas pessoas tomassem a cena.

Cultura e Negócios: Percebe-se que que você levanta bandeira do valor de várias camadas da arte e da inclusão também. Isso incomoda os antigos profissionais?

Clemente Magalhães: Temos que repensar a maneira como os artistas pagam suas equipes. Por que artistas ficam tão ricos e suas equipes cada vez mais vulneráveis? Já que estamos revendo tantas coisas estruturais, por que não rever também essa desigualdade terrível dentro da cadeia produtiva da música?

Cultura e Negócios: Já tem alguma entrevista que é o xodó do Cle? 

Clemente Magalhães: Não

Cultura e Negócios: Quais vantagens e desvantagens que você percebe neste novo mercado digital de consumo da música?

Clemente Magalhães: Antes era maravilhoso para os poucos artistas que tinham o privilégio de estarem dentro das grandes gravadoras e ruim para todo o resto. Hoje temos um mercado muito mais inclusivo, mas a grande luta é por atenção. Hoje qualquer um pode em tese se tornar um artista de sucesso por conta própria se conseguir construir uma audiência fiel. A luta é árdua, mas está em suas mãos.

Cultura e Negócios: Como entrevistador, quais entrevistados estão na sua lista como sonho de consumo?

Clemente Magalhães: Eu não sou um entrevistador. Eu trago pessoas para cá para bater um papo. Eu não sei o que vou perguntar, muito menos o que irei receber na troca. Quero ser surpreendido. Ficou careta assistir o Pedro Bial perguntando o que ele já sabe a resposta por ser um maravilhoso jornalista. Mas voltando a sua pergunta meus sonhos de consumo seria entrevistar a Pabblo Vittar por tudo que representa hoje e o Roberto Carlos pelo que representou até aqui.

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