(As Fábricas de Cultura geridas pela Poiesis estão em Brasilândia, Capão Redondo, Diadema, Iguape, Jaçanã, Jardim São Luís, Osasco e Vila Nova Cachoeirinha. Foto: divulgação)
Levantamento realizada entre abril e julho com mais de 4 mil participantes mostra alto índice de satisfação e reforça o papel das Fábricas de Cultura como espaços de formação, convivência e transformação social.
São Paulo, novembro de 2025 – Entre abril e julho de 2025, mais de 4 mil pessoas responderam à pesquisa de satisfação e perfil do público das Fábricas de Cultura, programa da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciado pela Organização Social Poiesis. O levantamento, realizado em formato digital e impresso, buscou compreender como diferentes públicos vivenciam os espaços e atividades do programa. Os resultados indicam um alto grau de aprovação: 98,4% dos participantes avaliaram sua experiência como ótima ou boa.
A pesquisa reuniu 4.179 respostas, com predominância de aprendizes dos Ateliês e Trilhas (81,4%), além de integrantes de grupos que utilizam as unidades por cessão de espaço (7%) e frequentadores das bibliotecas (6%). As unidades com maior participação foram Vila Nova Cachoeirinha, Brasilândia, Capão Redondo, Jardim São Luís e Diadema, refletindo a diversidade territorial do programa. A faixa etária mais representativa está entre 11 e 17 anos, seguida por crianças de 6 a 10 anos — um retrato da forte presença de famílias e jovens nos espaços.
A relação com os educadores recebeu avaliação positiva de 98,4% dos aprendizes, que destacam o papel das atividades na formação artística e no convívio social. Música, dança, artes visuais, teatro, circo, tecnologia e inovação aparecem entre as áreas mais procuradas. Para os responsáveis, a matrícula dos filhos representa oportunidade de desenvolvimento de habilidades criativas e de convivência em ambiente seguro.

(Jovens são acompanhados por educadores durante as atividades. Foto: divulgação.)
Nos Núcleos de Formação — Moda, Folia e Dança — a adesão foi quase total, com 103 participantes entre 115 matriculados. A maioria reconhece que a ajuda de custo é essencial para garantir frequência e permanência, e cerca de 80% afirmam que os cursos ampliam suas possibilidades profissionais. Já nas bibliotecas, os dados apontam um padrão de uso intenso: 47,4% dos usuários frequentam o espaço todos os dias e 32,9% pelo menos uma vez por semana. O ambiente seguro é o principal motivo de visita, seguido pelo estímulo à leitura e pela convivência entre crianças.
Centros de criação e pertencimento
Os estúdios e laboratórios audiovisuais aparecem como espaços estratégicos de formação e produção cultural. Mais de 95% dos usuários avaliaram a estrutura e os equipamentos como ótimos ou bons, destacando a gratuidade como fator decisivo de acesso. Também entre os grupos que utilizam os espaços por cessão, a proximidade e a qualidade da estrutura são apontadas como principais motivos de escolha.

(Fábrica de Games é uma das iniciativas oferecidas pelas Fábricas de Cultura. Foto: divulgação)
Para Carolina Lafemina, Superintendente do Programa Fábricas de Cultura, os dados confirmam o papel das Fábricas como espaços de transformação: “Os números traduzem o que vemos no dia a dia — as Fábricas são lugares onde as pessoas se sentem acolhidas, aprendem, criam e fortalecem laços. É uma política pública que muda realidades.”
Os resultados reforçam a importância das Fábricas de Cultura geridas pela Organização Social Poiesis como referência em formação artística, acesso à cultura e convivência comunitária. Ao reunir públicos de diferentes idades e perfis, os equipamentos se consolidam como polos de aprendizado e criação que expressam, na prática, o potencial transformador da cultura nas periferias paulistas.



