Quando pensamos em saúde, na maioria das vezes, costumamos evocar o seu oposto: a doença. Lembramos de quão incomodo pode ser respirar com dificuldade, ou locomover-se lentamente ou sentir dor de forma continuada. Resgatamos os momentos em que conseguíamos fazer isso sem esforço algum e associamos a saúde a uma espécie de existência vivenciada com a ausência de enfermidades.
Contudo, a saúde é muito mais do que isso. Ser saudável está diretamente associado ao nosso bem-estar subjetivo. Àquilo que nos traz verdadeiramente a ampliação de nosso conforto e satisfação. E certamente isso abarca os mais distintos campos que compõe a nossa vida: Aspectos físicos, emocionais, comportamentais que se entrelaçam resultando em nossa história, e, por conseguinte, em nossas vinculações com o mundo.
Nossos relacionamentos são fundamentais nesse cenário. Possibilidades que propiciem melhorias de nossas condições diárias também. Boa situação socioeconômica e um determinado equilíbrio emocional são fatores decisivos nessa busca. Para tanto, é necessário que a procura por saúde não seja algo individual. É preciso a participação de toda a sociedade, da comunidade, da família para que haja essa construção.
É imprescindível igualmente que se mantenham os cuidados com o corpo. Uma alimentação nutritiva e equilibrada, noites de sono bem dormidas, exercícios regulares. Além disso, a prevenção é fundamental. Desse modo, revisar periodicamente sua disposição física e mental é algo bastante desejável. Acrescente a isso atividades que gerem genuíno prazer sempre que houver a possibilidade.
Tantos requisitos podem parecer intangíveis num primeiro momento. Mas é a compreensão de que todo esse conjunto é necessário, quando pensamos no contexto da saúde, que nos impulsiona a buscá-la verdadeiramente. E essa é uma concepção holística. Precisamos entender a saúde como algo integral, composto pelas mais distintas esferas que resultam num aumento inequívoco de qualidade de vida. Nada menos que isso.
Psicóloga graduada pelo IBMR e Bióloga graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Possui pós-graduação em Psicologia Positiva e em Psicologia Clínica, ambas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
Também é formada em Artes Cênicas pelo SATED do Rio Janeiro, o que a ajudou a desenvolver o Grupo Grão, projeto voluntário que atende pessoas socialmente vulneráveis, onde através de eventos lúdicos, busca-se a livre expressão de sentimentos por meio da arte.
Seus livros infantis “A noite de Nina – Sobre a solidão”, “A música de dentro – Sobre a tristeza” e “A dúvida de Luca – Sobre o medo” fazem parte de uma trilogia que versa sobre sentimentos por vezes vistos como negativos, mas que trazem algo positivo se olharmos para eles mais atentamente. Estes dois últimos inclusive entraram para a lista paradidática de uma tradicional escola montessoriana na cidade do Rio de Janeiro.