No Brasil de 2024, o uso das redes sociais está cada vez mais popular, mas você já parou para pensar no impacto disto sobre a sua saúde mental? Algumas pesquisas científicas já revelaram uma complexa relação entre o uso das redes sociais e o nosso bem-estar psíquico. Por um lado, elas proporcionam inúmeras conexões sociais e acesso as infinitas fontes de informações possíveis. Mas o uso excessivo poderá te levar aos terríveis sentimentos de ansiedade, depressão e isolamento social. É crucial poder encontrar um ponto de equilíbrio utilizando as redes sociais de maneira consciente e saudável. Quer saber como? Então vem comigo!
Nos últimos anos, as redes sociais se tornaram uma parte integral das nossas vidas. Plataformas como Facebook, Instagram, Twitter e TikTok mudaram vertiginosamente a maneira como nos comunicamos ou como consumimos informações importantes ao nos relacionarmos com o mundo a nossa volta. No entanto, à medida que o uso dessas mesmas plataformas vem crescendo, também vem surgindo novas preocupações sobre o seu impacto na saúde das pessoas. O meu objetivo aqui é explorar as múltiplas facetas desse fenômeno global com você, analisando os benefícios direto e os riscos envolvidos no uso dessas aparentemente inofensivas tecnologias de massa.
Em primeiro lugar, já falamos que elas têm o poder quase divino de conectar pessoas ao redor do mundo, independentemente da sua distância geográfica, com isto, elas permitem que os humanos mantenham um contato quase imediato com os seus amigos e familiares, sem falar na participação de novos grupos de apoio quando nos envolvemos com comunidades de interesses semelhantes. Para muitas pessoas, especialmente aquelas que vivem em áreas isoladas no globo terrestre ou que simplesmente tem dificuldades de socialização, as redes sociais oferecem, convenientemente, uma nova opção de vida, dando uma sensação de pertencimento e apoio emocional, será mesmo? Outro benefício secundário é a pseudo sensação de se tornar uma celebridade com alguns ou milhares de “amigos” virtuais. Em suma: as redes sociais são uma fonte importante de notícias, educação e conscientização sobre diversos temas, mas podem ser uma poderosa fonte criadora de factoides também, facilitando com todo acesso democrático aos produtos e serviços. Mas é exatamente aqui que o sonho poderá virar um pesadelo.
Um dos principais riscos associados ao uso das redes sociais é a auto comparação social. A exposição constante aos perfis fakes ou manipulados que exibem vidas aparentemente perfeitas que podem levar aos sentimentos de inadequação e exclusão com uma baixa evidente na autoestima. O fato é que as pessoas tendem a postar apenas os aspectos positivos das suas vidas comuns, criando apelos de ostentação material, produzindo um entendimento irreal de felicidade e sobre o tal sucesso alheio, muitos enxergarão como uma fonte de mais ansiedade, depressão e, principalmente, pois eles criam uma percepção fracassada de mesmo.
Estudos sérios na academias, vem demostrando que o uso excessivo das redes sociais está associado a um aumento nos níveis de cortisol, adrenalina e noradrenalina, resultando no aumento da ansiedade e depressão emocional, devido a necessidade descontrolada de estar sendo constantemente atualizado com o medo de perder algo importante (FOMO – Fear of Missing Out) criando uma pressão imaginária constante capaz de potencializar o risco de hipertensão com arritmias cardíacas nos casos mais avançados. Além disso, o “cyberbullying” e os comentários negativos dos “haters” aumentam este impacto avassalador sobre a saúde mental dos usuários mais sensíveis, especialmente sobre os adolescentes e os jovens adultos.
Embora, em tese, as redes sociais sejam projetadas somente para conectar pessoas, elas acabam criando uma possibilidade de isolamento social na prática, pois o tempo gasto online pode reduzir as interações face a face no mundo real e a participação ao vivo. O resultado disto é um ciclo de solidão e isolamento, com graves consequências para a saúde. E o que podemos fazer para diluir estes aspectos negativos?
Para minimizar os impactos da super exposição nas redes sociais, é fundamental encontrar um equilíbrio saudável com essas quatro (04) dicas que vou deixar aqui embaixo, vejamos:
01 – Definição de Tempo: Estabeleça limites diários para o uso consciente das redes sociais para evitar o excesso patológico (vício);
02 – Faça Psicoterapia: Esteja consciente de quem você realmente é, com uma ajuda profissional (de um psicólogo), capaz de fazer pontuações estratégicas e criar “awareness” de qualidade na sua mente;
03 – Selecione Conteúdos válidos: Siga perfis sérios e páginas que promovem positividade e bem-estar.
04 – Mantenha Conexões analógicas: Priorize interações reais com atividades sociais fora do mundo virtual.
CONCLUSÃO: As redes sociais vieram para ficar, é um fato! Mas em algum momento, você vai receber a conta do excesso desta interação moderna na sua vida, sendo criterioso ou não. A chave mestra deste dilema é usar as plataformas com moderação, aproveitando bem os seus benefícios ao adotar práticas de autocontrole emocional que vão garantir mais longevidade para essas poderosas redes sociais e de quebra, vão te garantir um cérebro que não vai precisar ficar tão vulnerável no embate entre os megabytes x seus neurônios, pois não é uma partida justa e ponto final.
Dr. Marcos Calmon
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Psicólogo Clínico
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