Pela primeira vez no Complexo Pacaembu com dinâmica expositiva inédita sob o tema “Como uma onda”, a MADE – Mercado Arte e Design retomou sua edição presencial com a participação de mais de 10.500 visitantes no total, considerando também a visitação à primeira edição da feira de arte ArPa. Durante cinco dias designers e artistas receberam colecionadores, profissionais da área, especificadores, formadores de opnião e interessados em adquirir suas obras, disponíveis através do acesso à tecnologia de QR Code.
“Embora o formato tenha sido inédito, substituindo os estandes por um grande e único espaço expositivo, percebemos que agradou tanto o público quanto os designers e artistas, que puderam se dedicar exclusivamente a apresentar as próprias narrativas sobre seus trabalhos”, resume Waldick Jatobá, sócio, curador e idealizador da MADE. Para ele, a ausência de paredes quebrou barreiras no sentido literal, possibilitando maior interação de artista, peças e público. “Esse formato intimista deixa as pessoas mais à vontade para entenderem em maior profundidade o trabalho por trás de cada obra e consultar preços e detalhes sem a necessidade do contato direto”.
Segundo o designer Murilo Weitz, que estreou na feira em 2016 e desde então participou de todas as edições, o público presente realmente foi formado por colecionadores e interessados em se aprofundarem no universo do design art. “Foi muito positivo não só pela comercialização das peças mas também para divulgar o nosso trabalho para um público extremamente interessado e qualificado, que entende e valoriza toda a cadeia produtiva iniciada no processo de criação e finalizada no desenvolvimento das peças de design”, explica. Para ele, o fato de ter uma feira de arte em paralelo, incrementou ainda mais o público já seleto e presente nas últimas edições presenciais da MADE.
Segundo a organização, cerca de 50% dos itens expostos foram comercializados e muitas encomendas realizadas nos cinco dias da MADE. “Embora fosse preciso aguardar o final da exposição para levar as peças, alguns compradores já queriam sair do evento com o item debaixo dos braços”, comenta Jatobá. Além disso, o formato do QR Code também facilitou para a captação de vendas futuras, já que o visitante é levado para uma espécie de loja virtual permanente que incentiva o contato direto com o designer. “A maior característica da MADE é lançar nomes e produtos no mercado e muitas das vendas acabam ocorrendo após a feira”.
Já para o estreante Pedro Galaso esta foi apenas a sua primeira participação no evento e pretende voltar no próximo ano. “De estreante passei a veterano. Quero estar em todas as edições”, comemorou.
Sobre a MADE – Mercado.Arte.Design
MADE – Mercado. Arte. Design – é uma feira internacional de design colecionável. Uma plataforma para discutir, apreciar e comprar o melhor do design, do vintage ao contemporâneo, com foco no colecionável. A proposta do evento é reunir, a cada edição, conteúdo de qualidade por meio de exposições e instalações em um espaço coletivo que apresenta e dá destaque a designers e estúdios nacionais e internacionais, revelando novos talentos, incentivando novas produções e, consequentemente, a ampliação da cultura do design a milhares de pessoas.
A plataforma MADE tem como objetivo disseminar a educação e a cultura no setor, por intermédio de uma programação de conteúdo sobre design. A feira conta com um Conselho Consultivo com o intuito de debater o design contemporâneo produzido aqui e no exterior e propor ações específicas para o projeto, ampliando o campo de discussão e agregando repertórios distintos ao universo debatido. Os membros deste conselho são figuras destacadas nos campos do design, arte contemporânea e arquitetura, formado por Cláudia Moreira Salles, Marcio Kogan, Pascale Mussard, Mauricio Eugenio e Corinna Sagesser. A MADE é realizada pela W/Design, de Waldick Jatobá, idealizador e diretor geral do evento, e por seus sócios Bruno Simões, curador do evento, e Elcio Gozzo, diretor financeiro.