Novo episódio de ‘Lost+Found’ mostra coleção do biógrafo de Charles Chaplin

11 min. leitura

Um homem chega ao British Film Institute com uma caixa enorme contendo um zootropo, máquina do século XIX que produzia a ilusão de imagens em movimento, por meio de um tambor cilíndrico giratório. Funcionário do instituto, David Robinson recebe o visitante na recepção e pergunta quanto ele quer por aquela relíquia. Consegue comprá-la por 4 libras. A partir daí, começa a colecionar maquinário dos primórdios do cinema. 

Essas lembranças e as joias de sua coleção ilustram o episódio inédito “David Robinson” da série “Lost+Found“, dirigido por Thiago Britto e exibido exclusivamente no Curta!. Crítico de cinema, historiador e colecionador, Robinson é também biógrafo de Charles Chaplin. Eles se tornaram amigos após o artista ter lido uma resenha escrita pelo crítico de cinema sobre seu filme “Luzes da Ribalta”.

Em 13 episódios, a série apresenta histórias do mundo da preservação audiovisual, tendo como ponto de partida não as instituições ou os próprios filmes, mas os profissionais responsáveis pela redescoberta, pela restauração e pela conservação de relíquias da sétima arte. Eles contam o que os motivou a dedicar uma vida inteira à arqueologia audiovisual.


Os episódios são dirigidos por diretores diferentes. São eles: Rafael Saar, Thiago Brito, Eduardo Cantarino, Pedro Henrique Ferreira, Isabella Raposo, Diogo Cavour, Thiago Ortman, Fabian Cantieri e Rodrigo Campos. Produzida pela Dilúvio Produções, “Lost+Found” foi viabilizada pelo canal Curta! através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). A estreia do episódio é na Quarta do Cinema, 13 de abril, às 20h.

‘Liberdade para inglês ver’: novo episódio de ‘Inconveniências Históricas’ fala da Lei Áurea

Em mais um episódio inédito, a série “Inconveniências Históricas”, dirigida por Belisario Franca e Pedro Nóbrega, traz um tema espinhoso da história brasileira: a assinatura da Lei Áurea. A produção, que vem sendo exibida com exclusividade pelo Curta!, enfoca não apenas o momento em que a Princesa Isabel oficializou a abolição da escravidão no Brasil, mas também os acontecimentos anteriores e as consequências de um processo que não conduziu os ex-escravizados a uma nova configuração social.

O episódio “Liberdade Para Inglês Ver” traça um panorama da movimentação interna e externa que vinha ocorrendo antes do 13 de maio de 1888. Entre elas, contam-se as primeiras sociedades abolicionistas e a ação de ativistas — como Luís Gama —; reformas e guerras civis que garantiram a abolição em outros países; a proibição do tráfico negreiro pela Inglaterra; além de campanhas consistentes feitas com o objetivo de comover a opinião pública e o parlamento, encabeçadas por nomes como André Rebouças e Abílio Borges. 

“A lei do 13 de maio […] não diz nada do que será feito de fato. Ela só diz que está abolida a escravidão. O que vai acontecer com os escravos, com os ex-senhores, como isso vai regular o trabalho depois, onde essas pessoas vão morar… nada”, conta a socióloga Ângela Alonso. Além dela, o reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, José Vicente, e o historiador Sidney Chalhoub participam do episódio.

“Inconveniências Históricas” é uma produção da Giros, viabilizada pelo Curta! através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). Os episódios também estarão disponíveis no Curta!On, o streaming do Curta! no NOW e no Tamanduá.TV. A exibição é na Sexta da Sociedade, 15 de abril, às 23h30.

Segunda da Música (MPB, Jazz, Soul, R&B) – 11/04

21h – “Rock Brasília — A Era de Ouro” (Documentário)

A história dos jovens brasilienses que, liderados por Renato Russo, veem o seu sonho tornado realidade — a consagração e o sucesso de suas várias bandas de rock. Nesta terceira parte de uma trilogia sobre a formação histórica, política e cultural de Brasília — as outras são “Conterrâneos Velhos de Guerra” (1991) e “Barra 68” (2000) —, o cineasta Vladimir Carvalho investiga as origens das grandes bandas de rock que tomaram de assalto o cenário musical brasileiro a partir de 1980, como Legião Urbana, Capital Inicial, Plebe Rude e muitas outras. Uma história pontuada por momentos conturbados, como o quebra-quebra no show do Legião Urbana no Estádio Mané Garrincha, em junho de 1988, e performances emocionantes, como a do Capital Inicial na Esplanada dos Ministérios, em 2008, com Dinho Ouro Preto cantando a música do colega Renato Russo “Que País É Esse?”. Diretor: Vladimir Carvalho. Duração: 112 min. Classificação: 12 anos. Horários alternativos: 12 de abril, terça-feira, às 01h e às 15h; 13 de abril, quarta-feira, às 09h; 16 de abril, sábado, às 22h.

Terça das Artes (Visuais, Cênicas, Arquitetura e Design) – 12/04 – Especial “Gente de Teatro”

21h – “Guarnieri” (Documentário)

Gianfrancesco Guarnieri foi ator de grande sucesso na televisão, autor fundamental na história do teatro brasileiro e imagem-síntese do artista engajado. Ao mesmo tempo em que foi essa figura pública, esteve frequentemente ausente na esfera familiar. Contrariando os caminhos do pai, Flávio e Paulo, também atores, assumiram um total distanciamento entre arte, trabalho e política, privilegiando a família. A partir desses retratos geracionais, o diretor Francisco Guarnieri procura reconstruir a figura de seu avô distante. Valendo-se de materiais de arquivo íntimos e públicos, entrevistas e reencenações, o filme reflete sobre um passado ao mesmo tempo nacional e privado, e sobre o papel do indivíduo na sociedade, na arte e na família. Direção: Francisco Guarnieri. Duração: 71 min. Classificação: 12 anos. Horários alternativos: 13 de abril, quarta-feira, às 1h e às 15h; 14 de abril, quinta-feira, às 9h; 17 de abril, domingo, às 21h.

Quarta de Cinema (Filmes e Documentários de Metacinema) – 13/04

20h – “Lost + Found” (Série) – Ep. “David Robinson”

O inglês David Robinson é um famoso crítico de cinema, historiador, biógrafo de Charles Chaplin, ex-diretor da Jornada de Cinema Mudo de Pordenone e colecionador de equipamentos e memorabilia cinematográfica. Robinson tem uma grande intimidade com os acervos e coleções, principalmente os mais antigos. É autor de diversos estudos do passado cinematográfico, em especial o silencioso, ao qual devotou toda a vida, além de ser responsável pela prospecção de obras perdidas, como o primeiro filme dirigido por Orson Welles.   Diretor: Thiago Brito. Duração: 26 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 14 de abril, quinta-feira, às 0h e 14h; 15 de abril, sexta-feira, às 08h; 16 de abril, sábado, às 19h35; 17 de abril, domingo, às 10h.


Quinta do Pensamento (Literatura, Filosofia, Psicologia, Antropologia) – 14/04 – VÉSPERA DO ANIVERSÁRIO DE LEONARDO DA VINCI

22h30 – “Leonardo da Vinci – O Homem Universal” (Documentário)

Como um mesmo homem foi capaz de pintar a “Mona Lisa”, projetar o paraquedas e dar a primeira descrição clínica da aterosclerose? Por ocasião do 500º aniversário da morte de Leonardo Da Vinci, este documentário responde a essas perguntas, mostrando a origem e a formação desse homem de múltiplos talentos: artista, inventor, cientista e engenheiro. Além da vida e das invenções de Da Vinci, sua produção artística também é analisada minuciosamente.  Diretor: François Bertrand. Duração: 52min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 15 de abril, sexta-feira, às 02h30 e às 16h30; 17 de abril, domingo, às 14h40; 18 de abril, segunda-feira, às 10h30.

Sexta da Sociedade (História Política, Sociologia e Meio Ambiente) – 15/04

23h30 – “Inconveniências Históricas” (Série) – Episódio: “Liberdade Para Inglês Ver”

No dia 13 de maio de 1888, o Brasil tornou-se oficialmente o último país das Américas a abolir a escravidão. Este atraso, muito longe de ser apenas fruto do acaso, foi um método deliberado que até hoje deixa marcas no tecido social brasileiro. Neste episódio, vamos entender como as leis abolicionistas foram criadas para impedir que um projeto de sociedade verdadeiramente justo e igualitário pudesse prosperar, sendo substituído por uma liberdade para inglês ver. Direção: Belisário Franca, Pedro Nóbrega Duração: 26 min. Classificação: 10 anos. Horários alternativos: 16 de abril, sábado, às 3h30 e às 13h; 17 de abril, domingo, às 18h; 18 de abril, segunda-feira, às 17h30; 19 de abril, terça-feira, às 11h30.

Sábado – 16/04

21h10 – “101 Canções Que Tocaram o Brasil” (Série)  Episódio “Nada Será Como Antes”
A série, apresentada por Nelson Motta, conta a história do nascimento, crescimento e amadurecimento de um país e sua sociedade por meio de sua expressão cultural máxima: a música popular. Neste episódio, o foco é o período entre 1971 e 1972, em que Chico Buarque, Roberto e Erasmo Carlos, Toquinho, Vinicius de Moraes, Milton Nascimento e Tom Jobim produzem seus melhores frutos, e o Brasil vê nascer o talento de Luiz Melodia. Diretor: Roberto de Oliveira. Duração: 26 min. Classificação: Livre. 

Domingo – 17/04

16h45– “Gulag, a história dos campos de concentração soviéticos” — “Parte 2: Apogeu e Agonia 1938-1957” (Documentário, dividido em dois capítulos)
No verão de 1939, o Pacto Soviético-Alemão foi assinado. Em setembro de 39, a Polônia foi dividida entre a Alemanha e a Rússia. Milhares de poloneses inimigos declarados da Rússia foram presos e enviados para o Gulag. Da Moldávia aos países bálticos, milhares de habitantes foram deportados. Mas em 22 de junho de 1941, a Alemanha atacou a União Soviética, causando de fato a deterioração das condições de vida nos campos de trabalho forçado do Gulag. A fome e as doenças devastaram os prisioneiros. Em 1945, apesar da vitória dos soviéticos sobre a Alemanha nazista, o arquipélago Gulag, fornecedor de matérias-primas essenciais, continuou a crescer. Apenas após a queda do comunismo, o poder político russo quis virar a página, e os vestígios do Gulag foram gradualmente desaparecendo da paisagem da Rússia e de sua memória. Diretor: François Aymé, Nicolas Werth e Patrick Rotman. Duração: 52 min. Classificação: 12 anos. 

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