Mês de Setembro traz a importância da Conscientização da Doença de Alzheimer

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O mês de setembro é o mês de conscientização sobre a Doença de Alzheimer que ainda recebe muitos estigmas em virtude da falta de informação em torno da doença.

Segundo o Ministério da Saúde, Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva que ocasiona deterioração cognitiva e da memória de curto prazo, além de uma série de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais, que se agravam ao longo do tempo.

Os dados mostram ainda que há muita falta de informação sobre a doença, pois de cada três pessoas no mundo, duas acreditam que há pouca ou nenhuma compreensão da demência em seus países.

Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer estima-se que existam no mundo cerca de 35,6 milhões de pessoas com a doença, que se apresenta como demência causando perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), em função da morte de células cerebrais.

De acordo com Guilherme Torezani, neurologista coordenador de doenças cerebrovasculares do Hospital Icaraí, a visão do leigo sobre o Alzheimer ainda é muito poluída por preconceito e informações truncadas.

“Existe mais de uma causa para perda de memória, muitas delas reversíveis. Em geral, damos o nome técnico de demência para a perda de capacidade cognitiva previamente adquirida. Nesse sentido, deve-se evitar termos como esclerosado ou caduco, pois carregam muito preconceito” explica Guilherme lembrando que perder a cognição é perder quem somos aos poucos.

“Quem tem demência não fica repetitivo, não fica “teimoso”, não se perde na rua, não deixa de fazer sua própria higiene ou comer por que quer. Muitos familiares têm dificuldade de lidar com a transição do idoso previamente funcional para um idoso com limitações. É preciso ter paciência e evitar atitudes que levem ao constrangimento e piora de sintomas”, alerta.

Guilherme alerta que é muito importante procurar o médico assim que os primeiros sintomas apareçam como por exemplo, a falta de memória para eventos recentes, repetir a mesma pergunta várias vezes, dificuldade para dirigir e lembrar de caminhos conhecidos, entre outros. Por outro lado é muito incomum que a demência, principalmente o Alzheimer, surja em pessoas com menos de 65 anos. Abaixo dessa faixa etária outras causas, a notar a ansiedade, são mais prevalentes. O paciente com transtorno de ansiedade ou depressão comumente tem queixas inespecíficas de memória, que podem melhorar muito com tratamento. Na demência, muitas vezes o próprio paciente não se dá conta de que está esquecendo.

“Quando a doença é diagnosticada no início, apesar de ainda carecermos – no Alzheimer – de tratamentos que modifiquem o curso da doença, é possível traçarmos estratégias para amenizar sintomas e proporcionar um maior tempo de qualidade de vida e conforto ao paciente e ao familiar”, finaliza o médico.

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