O preço deixou de se tornar a única preocupação do consumidor na hora de levar produtos para casa
Quem nunca se pegou fazendo as contas de qual produto vinha mais no mercado ou ainda optando por comprar uma roupa de menor durabilidade por conta do preço? Por muito tempo, o consumidor prezou quantidade e preço no lugar da qualidade, mas esse comportamento tem mudado.
O aumento na procura de roupas de grife com desconto, a presença das marcas de prestígio nas redes sociais e a busca por qualidade e propósito são alguns dos sinais dessa mudança. Mas afinal, como esse novo comportamento funciona no dia a dia?
O despertar do consumidor
Existem diversos fatores que são capazes de influenciar um consumidor na hora da compra: marca, qualidade, quantidade, preço, indicações, impacto social, publicidade… a lista é longa e cada um dos itens pode se tornar decisivo. Nesse sentido, a mudança acontece na hora de elencar prioridades.
O preço e a quantidade ainda são capazes de influenciar a compra, mas não são mais o foco para a maior parte dos consumidores. Esse fenômeno acontece em um momento em que as pessoas buscam investir seu dinheiro em itens mais duráveis e de maior qualidade, observando um retorno com maior custo-benefício.
A busca por durabilidade
Você já ouviu de uma pessoa mais velha que na época dela as coisas duravam mais? É comum observar essa percepção de outras gerações em relação a móveis, eletrodomésticos e até mesmo roupas. Isso acontece não só pela nostalgia, mas também pelos comportamentos de consumo de cada período.
Nas décadas passadas, era comum que os clientes buscassem por itens duradouros que representassem um bom custo-benefício pelo dinheiro investido. Seguindo essa procura, as empresas que se destacavam no mercado ofereciam produtos de maior qualidade, suprindo a prioridade do mercado naquele momento. Hoje, a busca por mais qualidade e menos quantidade busca resgatar essa ideia de itens duráveis que valem o investimento.
O preço em segundo plano
Quando se busca qualidade, é importante ter em mente que ela custa um preço. Materiais duráveis, um bom acabamento e até mesmo um bom atendimento demandam um gasto maior do que o investido em produtos que prezam a quantidade e preço baixo.
Isso não quer dizer que o consumidor precisa gastar muito dinheiro para ter um item de qualidade. Outras alternativas como as liquidações, os cupons de desconto e até mesmo a compra de produtos de segunda mão estão entre as alternativas para quem não pode investir muito. O preço não deixa de ser uma preocupação para o consumidor, mas ele não precisa ocupar o topo da lista.
A adaptação das empresas
Os novos comportamentos do consumidor não afetam só os clientes, mas também as empresas. É inevitável que quem fornece os produtos tenha que se readaptar à busca por itens de maior qualidade e durabilidade por um preço justo.
Com esse movimento, é possível notar a presença de novos produtos nas prateleiras das lojas dos mais diversos segmentos. Matéria-prima de qualidade, prazo de garantia, acabamentos mais refinados e quantidades adequadas estão entre as semelhanças compartilhadas por esses produtos.
Uma tendência que veio para ficar
Quando pensamos em tendências, é comum imaginar que existe um prazo curto de validade até que haja uma nova mudança. No caso das tendências de consumo, nem sempre é assim e alguns hábitos podem surgir para ficar!
Ao que tudo indica, a busca por qualidade é um deles. É inevitável que outros fatores como o preço, a facilidade de compra, as recomendações e a publicidade continuem influenciando o consumidor, mas a qualidade se mantém entre as principais preocupações. Agora, a nova geração também poderá fazer o clássico comentário de que, no meu tempo, as coisas duravam!