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Lesões no joelho avançam entre adultos jovens e preocupam ortopedistas

Redação
3 min. leitura

Sedentarismo, excesso de impacto e treinos intensos sem o preparo adequado impulsionam a procura por especialistas. Médico alerta para sinais ignorados que antecipam quadros de desgaste e aumentam a chances de progressão das lesões .

O número de brasileiros entre 30 e 45 anos com lesões de joelho tem crescido de forma consistente nos últimos anos. Especialistas afirmam que problemas antes associados ao envelhecimento passaram a fazer parte da rotina de adultos jovens que combinam longas horas sentados no trabalho com treinos intensos realizados sem a base necessária de fortalecimento muscular. O resultado é uma epidemia silenciosa que começa a impactar não apenas a saúde, mas também a produtividade.

Dados da Organização Mundial da Saúde indicam que mais de 60 por cento da população economicamente ativa no Brasil é insuficientemente ativa. Esse comportamento tem efeito direto nas articulações. A falta de preparo físico adequado, somada ao aumento da busca por modalidades de alto impacto, favorece a ocorrência de lesões ligamentares e desgastes precoces da cartilagem do joelho. Clínicas e hospitais relatam que os atendimentos por dor e inflamação nos joelhos ficaram mais frequentes na última década.

O ortopedista Thales Rama, especialista em cirurgia do joelho e atuante em hospitais de referência em ortopedia na região da cidade de São Paulo e do ABC, observa essa transformação diariamente. Ele afirma que o desequilíbrio muscular  associado  a altas cargas e realizadas com execução incorreta e ainda uma composição corporal desequilibrada associada a exercícios de alto impacto são as  principais causas do aumento das lesões. Para Thales, dores frequentes, instabilidade, dificuldade para descer escadas e sensação recorrente de estalidos dolorosos nos joelhos não deveriam ser tratados como parte natural da vida adulta. São sinais que o corpo emite e que costumam aparecer  antes de uma lesão se instalar ou progredir .

Além do impacto na qualidade de vida, problemas no joelho ganharam relevância no ambiente corporativo. Empresas relatam aumento de afastamentos relacionados a quadros ortopédicos, o que reforça a necessidade de programas de prevenção dentro do trabalho. Especialistas apontam que pequenas mudanças, como pausas posturais, exercícios de mobilidade e fortalecimento, reduzem significativamente o risco de lesões.

A tendência é que, sem ajustes no estilo de vida, o país continue registrando crescimento na procura por tratamentos ortopédicos avançados. Para médicos, integrar atividades físicas inteligentes à rotina, observar sintomas e buscar avaliação profissional diante de dores persistentes são medidas essenciais para garantir longevidade com qualidade de vida.

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