Robert Nesta Marley, mais conhecido como Bob Marley nasceu em Nine Mile, na Jamaica em 6 de fevereiro de 1945. Ele foi um cantor e compositor, que popularizou o reggae no mundo. Se tornando a maior referência do gênero. Ele soube fazer a mistura certa entre poesia e ativismo. Através do reggae cantou a dor do oprimido, e com sua espiritualidade ainda narrou a esperança. Ele cantou a miséria, a colonização, sua fé Rastafári guiou sua trajetória, que também denuncia o racismo e a guerra. Em 1978 ele foi condecorado pela ONU com a “Medalha da Paz do Terceiro Mundo”.
A África e todos os seus problemas foi um tema muito abordado em sua obra, com a banda The Wailers, em 1999 O Álbum Exodus foi considerado o Álbum do Século pela revista Time, em 2001 foi premiado pelo Grammy pelo “Conjunto da Obra”, a revista Rolling Stone classificou-o em 11 em sua lista dos “100 Maiores Artistas de Todos os Tempos” e a BBC classificou “One Love” como a canção do milênio. O hino de um só coração, sonha com uma humanidade justa, em paz e unida.
Quando se pensa em Bob Marley, naturalmente as primeiras sensações são de paz e amor, seguidas de luta e liberdade. A doçura recheada de denúncias, foi capaz de inspirar o mundo. “Uma coisa boa sobre a música, quando bate você não sente dor” Bob Marley
Ele já vendeu mais de 75 milhões de discos e a coletânea Legend, lançada três anos após sua morte é o álbum de reggae mais vendido da história. Inspirados nessa lenda a equipe multipremiada do escritor Lee Hall e do diretor Clint Dyer produziu um musical que narra com respeito a trajetória de canção e luta desse homem considerado uma das figuras culturais mais significativas da música. Diretamente dos guetos de Kingston para o estrelato mundial.
“Uma companhia sensacional de artistas se combina com os melhores músicos de reggae para trazer este conto inspirador de paixão, transformação política e esperança duradoura de Trenchtown ao West End”, pode-se ler no site do teatro The Lyric, em Londres onde o espetáculo está em cartaz. Estrelado pelo ator e dramaturgo britânico Arinzé Keneas, que ao interpretar Bob disse que “Suas inclinações políticas vieram de sua situação. E então estamos tentando dar o contexto pelo qual uma superestrela global do terceiro mundo nasceu. ”
Sim, “Das colinas da Jamaica rural, misturando talento musical visionário e zelo revolucionário” nasceu essa lenda que hoje é celebrada no musical Get UP, Stand UP que conta com grande elenco de atores e músicos nessa superprodução de West End que promete correr o mundo.
O espetáculo estreou em outubro do ano passado e já recebeu indicações de vários prêmios e uma excelente crítica, “Não é apenas uma noite alegre, é um grande e importante evento cultural” disse o The Evening Standard. O jornal The Guardian comentou que esse é um “tributo tão contagiante que desafia o público a não cantar e balançar”. The Daily Telegraph disse que “ é um show brilhante, celebrando a genialidade de Marley”.
O Musical conta com as canções ‘Exodus’, ‘No Woman No Cry’, ‘Waiting in Vain’, ‘Three Little Birds’, ‘I Shot the Sheriff’, ‘Could You Be Loved’, ‘Redemption Song’ e outros clássicos que narram a jornada inspiradora de paz, amor e esperança de Bob Marley e sua banda The Wailers. O Brasil tem grandes talentos para desenvolver esse Musical, que chegue logo.
Que suas canções possam nos inspirar a seguir em um tempo onde o egoísmo e a injustiça ainda reinam, que sua mensagem de fé e esperança possa nos fortalecer a levantar e resistir. Que a utopia de “One Love” possa se tornar realidade. E que a gente nunca deixe de celebrar a vida e dançar um reggae.
“Nem tudo que brilha é ouro
Só metade da história foi contada
E então agora que você enxergou a luz,
Lute pelos seus direitos, vamos lá!
Levante, resista!”
Bob Marley (Get Up, Stand UP)