Falar sobre finanças não pode ser tabu

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Como você considera a sua forma de se relacionar com o dinheiro? É um tema que causa desconforto ao ser abordado? Segundo estudo do Banco Wells Fargo, realizado nos Estados Unidos, falar sobre dinheiro é mais difícil que falar sobre sexo, morte, religião e política. Já a pesquisa do Instituto Mindminers mostra que 54% dos brasileiros consideram o dinheiro um tabu. Ao mesmo tempo, 58% gostariam de falar mais sobre o tema. A falta de comunicação sobre o assunto pode causar problemas na vida de muitas pessoas seja no exterior ou no Brasil.

Falar sobre dinheiro é importante, principalmente se a conversa tratar o tema com espontaneidade, pois pode ser um caminho para que as pessoas aprendam a lidar com o assunto. Expor as dificuldades, compartilhar os desafios e buscar ajuda para alcançar suas metas são etapas importantes para ter uma vida financeira mais saudável.

De acordo com pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e pelo Banco Central, desentendimentos causados por desequilíbrio financeiro são a segunda causa de divórcios no Brasil e quase metade dos casais brasileiros costumam brigar por dinheiro. “Falar de finanças em família é como tecer, juntos, o tecido que nos protegerá nas tempestades. Ignorar esse tema é negar a chance de crescermos juntos, de mãos dadas. Romper com esse silêncio não só edifica uma fortaleza financeira, mas também estreita os laços do coração, assegurando um futuro próspero e unido para todos nós”, aponta a educadora financeira Luciana Bassanesi.

A falta de educação financeira adequada é um fator que desempenha papel importante nessa associação negativa. Muitos brasileiros não têm acesso a informações e recursos que os ajudem a gerenciar suas finanças de forma eficaz, a fim de planejar o futuro, economizar e tomar decisões financeiras conscientes. No Brasil, a educação financeira não costuma ser parte integrante do currículo escolar, o que resulta em uma lacuna de conhecimento financeiro entre a população. Sem uma base sólida de educação financeira, muitas pessoas podem enfrentar dificuldades na gestão de suas finanças pessoais, acumular dívidas excessivas e ter dificuldades em alcançar seus objetivos.

Além disso, a ausência de conhecimentos básicos sobre orçamento, poupança, investimentos e planejamento financeiro pode levar a uma sensação de insegurança e ansiedade em relação ao dinheiro. Muitos brasileiros não compreendem totalmente taxas, juros, investimentos e outras informações relacionadas a transações financeiras. Isso pode resultar em escolhas inadequadas e custos adicionais, como taxas bancárias desnecessárias ou investimentos pouco rentáveis. Essas situações podem levar a uma percepção negativa em relação ao dinheiro. Nesse cenário, muitas pessoas se sentem desamparadas e incapazes de lidar com questões financeiras de forma adequada.

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