Este fim de ano está sendo marcado por medidas de flexibilização, porém, ainda não está claro quais serão os próximos passos para a volta à normalidade. Com a chegada da variante ômicron, por exemplo, cogitou-se a possibilidade de voltarmos a fazer isolamento social rígido e, em meio a tantas incertezas, começou-se a imaginar como adaptar as experiências de fim de ano para o mundo virtual.
Para o consultor empresarial e especialista em marketing de experiência, Marvin Akbari, a digitalização é um processo inevitável. Logo, os últimos dois anos foram uma espécie de catalisador para uma tendência já pré-estabelecida. “Apesar dos eventos presenciais estarem voltando, temos a chance de dar mais amplitude de alcance de tudo que é presencial através do virtual. O digital nunca vai suprir a profundidade emocional que pode atingir o presencial, desenhado para envolver os 5 sentidos e, por outro lado, o presencial não consegue chegar na amplitude que o digital alcança”, explica.
Por isso, para ele, a melhor forma de criar eventos marcantes é utilizar o que o presencial e o virtual tem de melhor. “Para promover uma boa experiência no virtual, pense em cada detalhe. Desde o convite digital da pessoa, que pode ser acompanhado por um vídeo teaser para gerar desejo em participar do evento, até como é transmitida esta experiência”, pontua.
Nos eventos virtuais, o sentido mais relevante é o visual. Por isso, Marvin defende que a identidade visual deve ser estrategicamente pensada. “No digital é mais fácil atrair o desejo das pessoas pelo conteúdo, então palestrantes e tópicos que chamem a atenção e interesse do seu público alvo são o coração do projeto. Ao mesmo tempo, a experiência em volta disso é o que estabelece o posicionamento do padrão de trabalho que você quer transmitir”.
Um outro ponto a ser considerado é o esforço para evitar qualquer problema de transmissão como qualidade do som e da imagem, ruídos de conexão e a estabilidade da rede. “Fazer um evento virtual de excelência é algo que envolve um conhecimento técnico importante para poder prevenir todos os erros e imprevistos que podem aparecer, então sugiro se apoiar em uma equipe especializada”, aconselha.
Por fim, o especialista acredita que mesmo eventos digitais podem ter uma surpresa presencial. “Caso o número dos convidados da transmissão seja reduzido, é possível também enviar um kit personalizado para a casa de cada convidado para poder fazer uma experiência online com um chef, sommelier, mixologista ou qualquer tipo de experiência que funcione neste formato, combinando o online com algo presencial que faça o convidado interagir”, opina.
Sobre Marvin Akbari
Marvin Akbari, mais conhecido como Marvin Wanderlust, é italiano, engenheiro civil formado na Politécnica de Milão, já empreendeu em vários países como Chile, Itália e Estados Unidos. Nascido e crescido em Milão, Marvin é o fundador da C’est La Vie Produções, uma empresa especializada em eventos diferenciados para o público de alto padrão e luxo aqui no Brasil.
O empresário foi vencedor do 1º prêmio de melhor branding Startup Institute na competição lançada por Tom Hughes, em 2015, além de já ter trabalhado com grandes marcas como Google, Samsung, Airbus, Azimut Yatchs, entre outras.
Marvin fez a sua tese em Harvard trabalhando no grupo de pesquisa da Katia Bertoldi em 2011, onde voltou em 2015 para uma palestra sobre marketing digital.