[wpstory id="50522"]

De atriz a produtora: Jey transforma desafios em novas oportunidades no audiovisual

A atriz equilibra o trabalho diante e atrás das câmeras e defende maior investimento para jovens talentos

Cultura e Negócios
3 min. leitura

Exausta de esperar por convites que muitas vezes não chegavam, a atriz Jeniffer Setti, conhecida como Jey decidiu mudar o rumo da própria carreira. Depois de cinco anos em uma emissora de televisão e sem ter seu contrato renovado, ela deu um passo ousado: criar sua própria produtora. A decisão, tomada em um momento de incerteza, hoje representa uma virada na trajetória profissional da artista, que passou de quem pedia espaço a quem abre portas para novos talentos.

“Foi um momento em que percebi que precisava criar minhas próprias oportunidades. Hoje, dou chance para muitas das mesmas pessoas a quem eu mesma já pedi emprego”, conta Jeniffer Setti.

O caminho, no entanto, não foi simples. Segundo Jey, o maior desafio foi montar uma equipe alinhada, com pessoas que compartilhassem da mesma paixão e compromisso com o audiovisual. “Quando se constrói essa estrutura de confiança, tudo passa a fluir”, explica.

À frente da produtora, Jeniffer Setti se divide entre os bastidores e os holofotes, conciliando as funções de atriz e produtora. O equilíbrio, para ela, exige disciplina. “Não é fácil, mas a organização na pré-produção garante que o tempo de set seja quase todo voltado ao artístico”, afirma.

Mais do que uma estratégia de carreira, a criação da produtora nasceu de uma inquietação criativa: a ausência de certas narrativas no cinema nacional. Jey acredita que o audiovisual brasileiro precisa ir além da repetição de histórias ligadas apenas à violência e à pobreza. “Nosso país é múltiplo, miscigenado e repleto de belezas. É fundamental mudar essa retórica e valorizar outras perspectivas”, defende.

Hey conta que o cinema independente cumpre um papel central nesse processo, ao dar voz a histórias diversas e contribuir diretamente para a educação cultural do país. Ainda assim, há barreiras estruturais a serem superadas. “É necessário mais investimento em jovens que estão começando. Hoje, vemos os mesmos grupos sendo beneficiados há décadas, enquanto novos talentos ficam de fora. Diluindo melhor os recursos, podemos ampliar a diversidade cultural brasileira”, reforça.

O projeto de Jey mostra como empreendedorismo, cultura e representatividade podem caminhar juntos. Sua produtora não só garante espaço para diferentes visões artísticas, como também reflete um movimento crescente no mercado audiovisual: o de profissionais que transformam frustrações em oportunidades e constroem um novo futuro para o cinema independente no Brasil.

A atriz ganhou notoriedade em produções como Os Dez Mandamentos, sucesso absoluto da Record, onde viveu a personagem Safira por duas temporadas. Também se destacou como Inocência em Dona Xepa e protagonizou a série Milagres de Jesus, interpretando a sensível Gabriela. Na Globo, participou de títulos de grande audiência como Salve Jorge, A Dona do Pedaço (vivendo Nalva) e a minissérie A Segunda Dama, dividindo a cena com Périssé.

Cadernos
Institucional
Colunistas
andrea ladislau
Saúde Mental
Avatar photo
Exposição de Arte
Avatar photo
A Linguagem dos Afetos
Avatar photo
WorldEd School
Avatar photo
Sensações e Percepções
Marcelo Calone
The Boss of Boss
Avatar photo
Acidente de Trabalho
Marcos Calmon
Psicologia
Avatar photo
Prosa & Verso