A arte, esse fio invisível que une o efêmero ao eterno, encontra em Mdelanuez um de seus mais autênticos intérpretes. Nascido em Las Palmas de Gran Canaria, nas Ilhas Canárias, Espanha, ele rejeita a importância da data de nascimento como marco biográfico. Em vez disso, abraça a ideia de que esse momento coincide com o da morte — uma metáfora poderosa que revela sua visão de tempo como algo fugaz, onde apenas o “aqui e agora” tem real sentido.
Formado em Arquitetura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Mdelanuez construiu uma trajetória marcada pela diversidade de expressões. Do desenho à pintura, da poesia à música, suas obras dialogam com o presente, enquanto mergulham fundo nas emoções humanas e na luz dos trópicos, elemento que se
tornou essencial em sua vivência brasileira.
No Brasil, encontrou não só um lar físico, mas também espiritual. Foi aqui que sua arte passou a respirar a “Luz dos trópicos”, como ele próprio define, e a se conectar à “Luz Espiritual” que permeia toda sua produção. Sua arte não é apenas estética — é experiência, transformação e revelação. Através de cores vibrantes, paisagens interiores e símbolos que remetem a memórias e sentimentos profundos, Mdelanuez
traduz realidades sensoriais em poesia visual e sonora.
“Transforme este pensar em Arte”, ele escreve, e é exatamente isso que acontece. Em sua obra, o pensamento filosófico e a sensibilidade estética se fundem, revelando um artista que não apenas observa o mundo, mas o sente em cada detalhe.
Com exposições e obras espalhadas por diversas partes do mundo, ele não busca apenas reconhecimento — busca conexão. Em agosto de 2025, essa busca o levará até Helsinque, na Finlândia, onde participará da Bela Bienal, a ser realizada no Cable Factory, um dos maiores centros culturais da Europa. A presença de Mdelanuez nesse evento internacional reforça sua relevância artística e a universalidade de sua linguagem.
Como ele mesmo diz:
“Obra de arte só fica totalmente pronta quando o espectador a assiste com Amor.”
Essa frase resume sua essência: a arte como canal de afeto, espiritualidade e reflexão. Em tempos tão velozes e fragmentados, Mdelanuez nos convida a parar, respirar e mergulhar na beleza do instante. E é nesse instante — efêmero, mas cheio de luz — que sua obra se revela eterna.
