“Confie na importância de novos começos”

3 min. leitura

Rotina, ocasionalmente, pode trazer entranhada em siuma sensação de controle. Em meio àquilo que já conhecemos e repetimos diversas vezes, nos entendemos mais seguros e confiantes. Dominamos assuntos, técnicas e habilidades conforme nos apropriamos de determinada situação. Quanto mais frequente for nossa replicação, maior o suporte que nos garante redução do esforço e aumento da precisão na execução.

Além disso, existe uma tendência a nos especializarmos cada vez mais em uma determinada área. Investimos nosso tempo na aquisição de um conhecimento cada vez mais específico. Desse modo, produzimos novos métodos e procedimentos com o intuito de nos aproximarmos de informações precisas e singulares a respeito do campo de estudo distinto no qual buscamos nos desenvolver.

Isso tudo, nos capacita a capturar, quase completamente, as várias maneiras de realizar uma ação ou de chegar a um determinado objetivo. No entanto, possivelmente, nos afasta do hábito de nos lançarmos a novos desafios e oportunidades. Quando operamos os mais diversos procedimentos da mesma maneira, perdemos a chance de arriscar, de tentar algo novo, de ousar.

Para alcançar novas respostas, precisamos utilizar metodologias originais. Sair da zona de conforto que nos abriga e atrever-nos a desbravar o desconhecido. Isso não parece fácil e, frequentemente,se mostra algo trabalhoso. Demanda tanto energia quanto disponibilidade. Apesar disso, abre portas para as possibilidades. Para aquilo que, inclusive, ignorávamos quando nosso foco se estreitava apenas em umdeterminado limite.

Costumes são eficazes. Eles poupam energia, são confortáveis e aplacam angústias que se desencadeiam frente ao desconhecido. Entretanto, nos roubam o privilégio de simplesmente tentar. De experimentar algo novo que nos impulsione e incentive. Que gere motivação. Nesse sentido, reconhecer a importância de novos começos, nos mais distintos setores de nossa história, pode agregar mais sentido e significado às nossas vidas.


Sobre a autora

Bruna Richter  é graduada em Psicologia pelo IBMR e em Ciências Biológicas pela UFRJ, pós graduanda no curso de Psicologia Positiva e em Psicologia Clínica, ambas pela PUC.     Escreveu os livros infantis: “A noite de Nina – Sobre a Solidão”, “A Música de Dentro – Sobre a Tristeza” e ” A Dúvida de Luca – Sobre o Medo”. A trilogia  versa sobre sentimentos difíceis de serem expressos pelas crianças – no intuito de facilitar o diálogo entre pais e filhos sobre afetos que não conseguem ser nomeados. Inventou também um folheto educativo para crianças relacionado à pandemia, chamado “De Carona no Corona”.  Bruna é ainda uma das fundadoras do Grupo Grão, projeto que surgiu com a mobilização voluntária em torno de pessoas socialmente vulneráveis, através de eventos lúdicos, buscando a livre expressão de sentimentos por meio da arte. Também formada em Artes Cênicas, pelo SATED, o que a ajuda a desenvolver esse trabalho de forma mais eficiente.

Deixe um comentário
Cadernos
Institucional
Colunistas
andrea ladislau
Saúde Mental
Avatar photo
Exposição de Arte
Avatar photo
A Linguagem dos Afetos
Avatar photo
WorldEd School
Avatar photo
Sensações e Percepções
Marcelo Calone
The Boss of Boss
Avatar photo
Acidente de Trabalho
Marcos Calmon
Psicologia
Avatar photo
Prosa & Verso