Comece acreditando que é possível

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Cada um de nós é extremamente singular. Nossa história, nossos encontros, nossa conjuntura – tudo isso conjugado com a nossa visão sobre o que nos aconteceu ajudam a constituir nossa subjetividade. Alias, ainda que duas pessoas distintas tenham vivenciado situações muito semelhantes, a percepção delas do ocorrido pode ser completamente distinta. Cada um enxerga o mundo de acordo com suas próprias lentes.

Tendo isso em mente, buscamos, de tempos em tempos, entender quais as nossas potencialidades e como elas podem nos auxiliar a conquistar tudo o que tanto queremos. Nessa procura, muitas vezes encontramos alguma dificuldade em perceber ou admitir o que temos de mais forte. Não é raro que foquemos naquilo que não desenvolvemos em nós. Na qualidade que gostaríamos de ter, mas da qual não nos apropriamos.

Contudo, quando nos percebemos incapazes de admirar – ou ao menor observar – nossas habilidades e destrezas, nos desvalorizamos frente aos mais diversos obstáculos. Caso não nos apropriemos de nossas capacidades, nos aproximamos de limitações e entraves deliberadamente. Nos desencorajamos por acreditar não ser razoável nossa meta ou objetivo diante de nossa desenvoltura.

Esse pensamento amedronta, enfraquece, paralisa. Ele subtrai nossas aptidões nos levando a acreditar que estamos fadados ao fracasso ou à frustração. Somos derrotados antes mesmos de tentar porque nosso maior adversário passa a ser nós mesmos. É uma tentativa de proteção que ao invés de amparar, aprisiona. Ela cerceia nossas possibilidades e impõe barreiras que obstruem nossa liberdade.

A crença que temos a nosso respeito direciona nosso modo de lidar com o nosso contexto, tonalizando nosso desempenho diante de novos objetivos. Desse modo, é preciso permitir a confluência das nossas qualidades com a finalidade de atingir o nosso ideal. Como consequência, grande parte do processo de obtenção de resultados positivos – seja diante de um pequeno alvo ou de um grande fim – sempre será acreditar que isso é possível.


Bruna Richter 

Psicóloga graduada pelo IBMR e Bióloga graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Possui pós-graduação em Psicologia Positiva e em Psicologia Clínica, ambas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Também é formada em Artes Cênicas pelo SATED do Rio Janeiro, o que a ajudou a desenvolver o Grupo Grão, projeto voluntário que atende pessoas socialmente vulneráveis, onde através de eventos lúdicos, busca-se a livre expressão de sentimentos por meio da arte.

Seus livros infantis “A noite de Nina – Sobre a solidão”, “A música de dentro – Sobre a tristeza” e “A dúvida de Luca – Sobre o medo” fazem parte de uma trilogia que versa sobre sentimentos por vezes vistos como negativos, mas que trazem algo positivo se olharmos para eles mais atentamente. Estes dois últimos inclusive entraram para a lista paradidática de uma tradicional escola montessoriana na cidade do Rio de Janeiro.

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