Explante de silicone e remoção e preenchimentos faciais exagerados mostram a busca cada vez mais constante para a volta de corpos e faces mais naturais
A cirurgia plástica no Brasil está passando por uma transformação nos últimos anos, com um número crescente de mulheres optando por procedimentos mais discretos e elegantes. Entre 2023 e 2024, observou-se um aumento de 20% na remoção de implantes de silicone, evidenciando uma mudança nas prioridades estéticas. As mulheres estão cada vez mais em busca de resultados que respeitem suas características naturais e favoreçam sua saúde e bem-estar. Para a cirurgiã plástica Dra. Luciane Gemelli, essa tendência reflete um desejo de celebrar a beleza real e natural do corpo feminino.
“Imagine uma jovem de 18 anos que decide fazer sua primeira cirurgia de mama, optando por implantes de silicone. Então, 10 ou 15 anos depois, ela retorna ao consultório, já pensando em uma nova cirurgia. Muitas se sentem inseguras com a ideia de cicatrizes ou procedimentos mais complexos. O cirurgião decide apenas trocar o implante por um maior, em uma operação simples. O que muitas não sabem é que, em alguns casos, essa mulher poderá passar por uma terceira cirurgia antes dos 40 anos. Os motivos? Desconforto com o tamanho dos implantes, queda das mamas ou complicações com a cápsula que envolve o silicone”, explica Dra. Luciane.
Esse cenário, que parece distante da realidade de muitas mulheres, é mais comum do que se imagina. Estudo recente aponta que cerca de 15% das mulheres que se submetem ao aumento de mama com silicone precisam de novas cirurgias dentro de uma década. O dado revela um aspecto importante: o que parecia uma escolha simples, muitas vezes leva a uma série de intervenções ao longo dos anos. Esse é um alerta para quem pensa no longo prazo ao optar por esse tipo de procedimento.
Diante disso, a Dra. Luciane destaca as alternativas disponíveis hoje para evitar novas cirurgias. “Hoje, existem técnicas inovadoras que não envolvem grandes implantes de silicone, mas que ainda assim garantem resultados naturais e satisfatórios. Uma dessas soluções é a reconstrução da mama com a gordura do próprio corpo, ou, quando se optar pela inclusão de um implante, escolher tamanhos menores que se adaptem melhor a anatomia da mulher”, afirma.
Essas abordagens mais centradas em respeitar a anatomia feminina oferece uma solução para quem deseja um resultado discreto e harmonioso. O objetivo é que a mulher se sinta bonita de forma genuína, respeitando as características do seu corpo e prevenindo complicações a longo prazo. A cirurgiã enfatiza ainda que implantes muito grandes causam maior distorção dos tecidos corporais, com maior risco de complicações a longo prazo.
“A tendência é clara: as mulheres estão buscando procedimentos que respeitem sua forma natural. Elas querem resultados discretos que as façam sentir-se mais confiantes e confortáveis em sua própria pele, sem exageros. Não se trata de seguir um padrão, mas de realçar o que cada mulher tem de mais belo, de forma harmoniosa e saudável”, conclui Dra. Luciane.
Outro ponto importante citado pela profissional é a escolha do médico, que precisa entender as expectativas da paciente e oferecer opções que se alinhem ao seu corpo e aos seus desejos. “A cirurgia plástica contemporânea tem se tornado mais personalizada, cuidadosa e, principalmente, voltada para o bem-estar da mulher. O futuro dessa especialidade está no equilíbrio entre a melhoria da aparência, a preservação da naturalidade e o respeito à saúde daquela paciente como um todo”, conclui.
Dra. Luciane Gemelli @dralucianegemelli
Cirurgiã Plástica e Cosmiatra
Proprietária da Clínica Dra Luciane Gemelli
Graduada em Medicina pela Universidade Federal de Ciências da Saúde
Especialista em Cirurgia Plástica pelo MEC, pela Associação Médica Brasileira e pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)
Pós-graduação em Cosmiatria, Laser e Procedimentos no Hospital Albert Einstein
Pós-graduação em Cirurgia Craniofacial na Beneficência Portuguesa