Até onde você iria pela felicidade dos filhos? Os pais da jovem bailarina Elisa Neves foram testados e não tiveram dúvidas: a filha foi aprovada nas concorridas audições da companhia de balé mais famosa do mundo e vai estudar na escola de formação de bailarinas do Balé Bolshoi Brasil.
A mudança do Rio de Janeiro para Santa Catarina definiu os planos da família para 2023 e o ano começa cercado de expectativas para a jovem que desde cedo mostrou uma aptidão que chamou a atenção dos professores e que se confirmou com a ida para o Bolshoi.
Elisa Neves e os primeiros passos de uma longa caminhada
Se a vida imita a arte, a da pequena Elisa Neves já tem pronta uma parte do roteiro. Os primeiros passos, ela aprendeu com a mãe e logo cedo passou a frequentar as escolas de balé onde foi desenvolvendo o seu talento.
E uma das primeiras lições que aprendeu foi que na vida, assim como no balé, é preciso ter firmeza e suavidade para dar os passos certeiros nas decisões e leveza para ser conduzida pelas oportunidades. “Eu sempre amei o balé e quando a gente tem amor pelo que faz e se dedica, as coisas acontecem naturalmente”, afirma a menina.
O balé muda a vida de Elisa Neves e da família
Quando a chance apareceu, Elisa estava pronta para superar o primeiro grande desafio. Ela participou das seletivas para o balé Bolshoi Brasil e foi aprovada. “Foi tudo muito rápido. Os testes em São Paulo e depois em Santa Catarina. Quando soube que fui aprovada eu fiquei muito feliz”, comenta.
Em 2023, a jovem bailarina irá estudar na escola que o Bolshoi mantém em Joinville, Santa Catarina. É um passo importante para a formação dela, mas que vai exigir sacrifícios da Elisa e da família.
A mudança de estado
A primeira mudança já acontece com a saída do Rio de Janeiro, depois vem a nova, escola e os novos amigos. Como tudo aconteceu muito rápido os pais de Elisa não tiveram tempo de conhecer a cidade. Por isso, eles decidiram fazer todo um processo de adaptação antes de se instalar definitivamente. No começo, a mãe vai acompanhar a filha em Joinville enquanto o pai vai ficar no Rio tocando os negócios da família.
“A princípio, a gente vai só com algumas coisas. Não é a mudança total. (precisamos) ver tudo com calma e se situar na cidade em relação às distâncias, especialmente no deslocamento entre a escola e o balé”, afirma Elaine Neves, mãe da bailarina que já está sendo chamada de “A fadinha das sapatilhas”.
O time Bolshoi
A referência à skatista de ouro do Brasil, Rayssa Leal, não é só retórica e encontra algumas referências, principalmente na dedicação e na prematuridade com que as duas se lançaram em suas carreiras. “Se o balé não chega a ser um esporte olímpico e não distribui medalhas, pelo menos tem as equipes favoritas e estou orgulhoso da minha filha estar numa das maiores do mundo”, atesta a mãe.
Nasce uma estrela
Quando Elisa foi matriculada no balé, a família não imaginava que a criança tinha algum talento excepcional não revelado. Era para ser uma atividade física que proporcionasse bem-estar, percepção de espaço, treino de equilíbrio, desenvolvimento da coordenação e todas as buscas que uma mãe faz ao buscar uma modalidade para os filhos desta idade.
“Acontece que não demorou muito e passei a ser comunicada pelas professoras que ela tinha um potencial maior, que deveríamos incentivar”, relembra a mãe da menina.
Bailando pela vida
Esse potencial está levando Elisa para novos rodopios. Uma rotina de ensaios e estudos aprofundados sobre o balé, além de todo o currículo do ensino regular esperam pela menina em Joinville.
Mas nada que tire o entusiasmo dela. Ou diminua as expectativas em relação aos novos caminhos que se abriram. “Eu sempre fui muito dedicada e a dança faz parte do que eu sou. Sei que vou aprender bastante e que isso tudo vai ser muito importante pra mim e pra minha arte”, finaliza Elisa Neves.
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Instagram: @euelisaneves