ZéVitor lança ‘Vermelho’

Cultura e Negócios
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O atual cenário na Europa, que torna a ameaça de um conflito nuclear global novamente um assunto do dia, antecipou o lançamento de Vermelho. Depois do single Quente, em que tudo parece mesmo ferver, ZéVitor repete a promissora parceria com Aureo Gandur e Garcia Gabé – que também assinam a produção da faixa –, e lança Vermelho, onde carrega nas tintas da paixão fatal e reflete sobre o futuro. Vermelho chegou em todas as plataformas digitais e com visualizer em seu canal no YouTube, nesta terça-feira, 22 de março.

“Vermelho não nasce da invasão russa na Ucrânia e embora faça todo sentido, vermelho é semente germinada do pó de hiroshima; árvore atômica habitando o medo de toda a terra… vermelho é uma súplica pelo fim da guerra; vermelho é a cor do som das sirenes que alertam sobre o perigo iminente… é um grito de socorro e de paz; é a arte como registro da estupidez humana…”, escreveu ZéVitor em seu Instagram, anunciando o lançamento de “Vermelho”.

A especulação sobre o fim do mundo, sabemos, remonta ao seu início. Interminável mesmo só a lista de artistas que, de um modo ou de outro, se debruçaram sobre o tema. De Moska e Assis Valente a Beyoncé e Billie Eilish, passando por Carpenters e CPM 22, motivo nunca faltou para temer o Armagedom.

Porém, sem medo de soar mais uma trombeta na derradeira orquestra do universo, ZéVitor nos lembra que em tempos de pandemia, mudanças climáticas, catástrofes naturais de toda sorte e, principalmente, a atual ameaça de um conflito nuclear global, imaginar o fim dos tempos é hoje quase uma obrigação cívica.

Mesmo antes de mencionar a cor do botão que, desde os tempos da Guerra Fria e agora mais do que nunca, promete mandar tudo pelos ares, a guitarra providencial de Aureo e a melodia bem elaborada com Gabé tingem de sangue a profética letra. Entrecortado por efeitos sonoros quase tétricos que lembram ao mesmo tempo o The Dark Side Of The Moon, do Pink Floyd, e o 4, do Los Hermanos, o refrão caberia perfeitamente na boca de um arauto do apocalipse e de um ativista ambiental, com a paz de espírito de quem já cumpriu sua nobre missão ou com o regozijo dos amantes indiferentes a tudo mais: “O mundo pode acabar enfim, agora”.

ZéVitor começou a compor na adolescência e sempre teve a música presente em sua vida. Filho caçula do ator e cantador Jackson Antunes, aos 2 anos começou a frequentar os shows do pai, o que ajudou a forjar sua identidade musical, integrando influências e estilos de diferentes gerações.

O single Vermelho chega poucos meses depois de Banco de Areia, feat. com Zélia Duncan, e de singles de 2021 como Quente, Foge Comigo e Vamo Nessa, apresentado com um clipe e um mini-doc sobre A Paixão AirCooled. Antes, ZéVitor lançou Alicerces, que está rodando pelas rádios do Brasil; duas bem sucedidas colaborações de ZéVitor com Kamaitachi (Bruxa) e Konai (Castelo de Areia); um dueto com Fagner (Versos Ardentes); vários clipes; os EPs Amor e Minimalismo (2020) e Crônicas de Um Amor (2019); o álbum Ressignificar (2020) e o disco de estreia Cronológico (2018).

[letra]

VERMELHO

(ZéVitor, Gabriel Gabé e Aureo Gandur)

Ah, enfim…

Agora o mundo pode acabar

Enfim, agora o mundo pode acabar

Enfim, agora

Ninguém tem culpa

Mas todo mundo é dono da verdade

Não tem desculpa

O amor mora no caos dessa cidade

Passos paralelos para fora desse barco

Todos os motivos pra um mergulho inexato

O nosso caminho é um quadro abstrato

A se mostrar

Enfim, agora o mundo pode acabar

Enfim, agora o mundo pode acabar

Enfim, agora

Sigo cego e sem saber se dói

Sabe lá se o que faz bem corrói

O futuro em nossas mãos

Nossa história em um botão…

Sigo cego e sem saber se dói

Sabe lá se o que faz bem corrói

O futuro em nossas mãos

Nossa história em um botão…

Vermelho

[ficha técnica]

Intérprete: ZéVitor

Compositores: ZéVitor, Garcia Gabé, Aureo Gandur

Bateria Acústica: Marcelo Wig

Percussão, Guitarra, Backing Vocal: Garcia Gabé

Bateria Eletrônica, Baixo, Guitarra Base e Guitarra solo, Efeitos Sonoros, Teclado: Aureo Gandur

Piano Elétrico, Sintetizador, Escaleta: Leo Fernandes

Arranjos e Produção Musical: Garcia Gabé e Aureo Gandur

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