Se você já sabe, pode pular este texto. Mas, se tiver dúvidas, siga em frente e entenda que uma simples atração pessoal não é o suficiente para sustentar uma relação amorosa complexa. Entendeu? Se sim, continue lendo e se aprofundando.
O dinheiro sustenta uma relação? Se o seu objetivo for apenas um jogo de interesses materiais, então sim. Caso contrário, o dinheiro não será suficiente para encontrar e manter um amor verdadeiro. Não se engane: ter alguém de qualidade ao seu lado não depende apenas de segurança financeira. Como venho observando há 20 anos nas minhas terapias com casais, o dinheiro pode até confundir os objetivos básicos dos relacionamentos e atrair pessoas com interesses errados.
E os filhos? Eles ajudam a manter a relação? Na verdade, não. Em alguns casos, podem até atrapalhar, se o casal não souber administrar bem o seu papel de pais.
Beleza física? Definitivamente, não. É outra ilusão passageira. A beleza é uma isca que desaparece com o tempo, e ninguém deve se prender a procedimentos estéticos, medicamentos ou dietas malucas.
Fama nas redes sociais? Também não ajuda. A fama traz um fardo: muitos famosos vivem relacionamentos conturbados, motivados pelo desejo do ego em aparecer. Narcisistas adoram surgir do nada e capturar pessoas vulneráveis, sendo predadores emocionais frios. Sem vontade real de crescimento conjunto e sem saídas viáveis.
E se você é o único interessado em manter a sua relação, isso já é um sinal claro de que a união está em risco iminente.
O que sustenta uma relação verdadeira?
Em primeiro lugar, é essencial que você compreenda a si mesmo e descubra seu propósito de vida. Você tem vocação para ser pai/mãe ou prefere não ter filhos? Gosta de compartilhar suas intimidades? Prefere uma relação aberta ou fechada? Essas são perguntas básicas e muito importantes que não têm respostas certas ou erradas.
Em segundo lugar, você encontrou eco dessas reflexões em seu parceiro(a)? Relações duradouras são sustentadas por propósitos semelhantes. É preciso ser realista e estabelecer metas de curto, médio e longo prazo. Não basta dizer que vai dar certo; são necessárias atitudes concretas de ambos os lados.
O amor não pode ser reduzido a um conjunto de experiências sexuais que perdem o interesse com o tempo. Se é isso que você busca, lembre-se de que não precisa de um relacionamento sério. Casais de verdade trabalham juntos em sentimentos honestos, criando uma parceria baseada em interesses comuns.
Esqueça o clichê “e viveram felizes para sempre”. O importante é aprender a ser uma boa companhia para si mesmo e depois para o outro. Se você trai seu parceiro, é hora de reavaliar seus valores. Seja honesto consigo mesmo e busque um relacionamento aberto ou reconsidere seus compromissos. Talvez, agora seja o momento ideal para você procurar um psicólogo da sua confiança e trabalhar mais o seu autoconhecimento sem prejudicar outras pessoas.
Amor verdadeiro exige amadurecimento. Sem isso, as relações são apenas um jogo de “faz-de-conta” vazios que acumulam mágoas difíceis de se tratar. Nesse caso, talvez seja melhor viver sozinho e recomeçar. Aprenda a gostar mais de si mesmo para, depois, amar o outro.
E boa sorte na sua busca!
Dr. Marcos Calmon
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Psicólogo Clínico
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