Você já se imaginou cientista um dia? What?

6 min. leitura

O cientista Stephen Hawking é uma das muitas pessoas que superaram alguns graves problemas de saúde na sua vida. Desde que foi diagnosticado com ELA (esclerose lateral amiotrófica), aos 21 anos, lutou bravamente para reverter seus sintomas para viver melhor. Essa doença é resultado de uma degeneração progressiva de neurônios motores do cérebro e da medula espinhal, responsáveis por atrofiar a musculatura do indivíduo. E essa paralisia que começa a se instalar aos poucos, toda essa limitação, não é nada fácil de ultrapassar, nem para um homem como ele.

Daí, você pode me perguntar, “mas onde eu entro nessa história toda”? Talvez esse texto nem se encaixe para seu momento atual ou sirva para você, mas, simplesmente, pensei em falar a alguns de nossos amigos e amigas, que têm andado desanimados ou meio deprimidos, sobre a vida que estão levando, para trazer um pouco de esperança a nossas vidas, né?

Todos sabemos o quanto a pandemia desestabilizou nossa vidinha cotidiana de certezas, não é? Abriu-se um buraco de insegurança em nossas relações de trabalho e a economia ficou abalada, bem como as relações, principalmente aquelas que tiveram de passar por uma exposição severa entre as pessoas que já tinham dificuldades em conviver. Depois disso tudo, como se já não fosse o suficiente, o ser humano fica brincando de guerra, como se a Terra fosse parte de um quintal só de alguns governantes. Mas isso já sabemos de sobra e chega de problemas por agora.

O que venho aqui dizer é que você não precisa ser famoso, nem ser um gênio, nem uma pessoa tão fora da curva, nem um superhomem ou a mulher maravilha para ultrapassar os seus limites. Nossos limites são ultrapassados todos os dias, quando acordamos, às vezes, com uma febre ou mal-estar e não queremos nem sair da cama e, mesmo assim, vamos trabalhar. Não é verdade?

Então, vamos pensar um pouco mais em resiliência e modos de entender que somos capazes?

Nossos limites são ultrapassados todos os dias, e você tem exemplos diários disso. Ultrapassamos limites quando malhamos, na academia ou em casa, sem ao menos querer, mas porque sabemos que nosso corpo e alma estão necessitados de movimento. Todos os dias, quando deixamos de comer algo ou comemos algo só porque nos faz bem, ultrapassamos limites. Ainda, quando nos esforçamos para seguir em frente, embora o dia tenha começado como o pé esquerdo e pareça que todos os problemas do mundo nos acompanham, como uma nuvenzinha negra no alto da nossa cabeça. Também, quando estamos sem um “puto” (como se diz) no bolso e, assim mesmo, pensamos poder trabalhar mais ou ganhar na mega da virada, rsrs.

Nossos limites são ultrapassados todos os dias, quando nos decepcionamos com alguém que nos causa um mal e, mesmo assim, queremos continuar perdoando e amando, embora pareça coisa de fraco, frouxo ou tolo. Nossos limites são ultrapassados todos os dias, quando olhamos para nossas dores a fim de saber o que fazer com elas;  ou quando olhamos para nosso desejo e deixamos que ele nos guie, reconhecendo-o e assumindo responsabilidade por ele; ou quando podemos perceber ao fim de tudo que só podemos ir sendo o que vai acontecendo pelo caminho e sentir a dimensão do que valorizamos como verdade para nós mesmos; ou quando paramos de nos julgar, de nos culpar e nos vitimizar, achando que tudo o que nos acontece de ruim é culpa do outro e o que nos acontece de bom é porque Deus quis assim  − deus abençoa, mas não te favorece mais do que a ninguém.

Usando a frase de Hawking, quando deu seu parecer, certo dia, sobre eutanásia: “A vítima deve ter o direito de acabar com a própria vida, se ela quiser. Mas eu acho que seria um grande erro. Por pior que a vida pareça, sempre existe algo que podes fazer e ser bem-sucedido. Enquanto há vida, há esperança.”

E você? O que pensa sobre isso?

Estamos vivos. Podemos mudar rumos em nossa vida. Portanto, vá atrás do que você deseja mais que tudo. Vá atrás de ter mais consciência para agir no mundo e NÃO reagir ao mundo.

Então, sigamos em frente “mesmo assim”, apesar de.

Bora?


Janice Mansur é escritora, professora, revisora de tradução, criadora de conteúdo e psicoterapeuta (atendendo online).

Canal do Youtube: BETTER & Happier Instagram: @janice_mansur

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