Você aceita críticas?

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Caso a sua resposta tenha sido um sonoro não. Sinto muito lhe informar: 

– Você sempre foi criticado e julgado publicamente por todos a sua volta com ou sem a sua consciência, seja por quem você pensa ser ou por quem você não imagina ser também.

– Todos te julgam e te condenam com alguma punição velada ou não!

E não há nada que você possa fazer quanto a isto, pois as pessoas o fazem automaticamente em pensamentos e palavras nas sombras. Mas o que realmente importa na vida, é o que você escolheu fazer. A princípio, não importa se o que você fez foi certo ou errado, mas se foi a sua melhor escolha naquele momento, sabendo que você será o único a colher “a posteriori” os frutos bons ou podres das suas decisões pretéritas.

No fim de tudo, o que as outras pessoas pensam ou falam sobre você não é tão importante assim, levando em consideração que você pode estar apenas super dimensionando algo pueril ou perdendo uma crítica realmente construtiva que não precisa de plateia.

Ao invés disto, busque saber quem é você de verdade! Não adianta ficar seguindo os conselhos de uma pessoa que adora pizza, se você não suporta sequer o cheiro de uma fatia sem sentir enjoo. Não existe unanimidade em nada, mas se você acaba comendo pedacinhos de pizzas somente para agradar o seu grupo, imaginando que deve existir algo errado com você, significa que está lhe faltando autenticidade para se auto validar.

Entenda que sempre haverá consequências infinitas para você no tribunal das multidões homogêneas e veladas por trás dos seus vereditos de imposições equivocadas. Cada ação, cada pensamento, cada escolha e omissões suas, representarão quem é você. E qual é a sua identidade real? Aquela que gera a sua marca pessoal no mundo. Quem não pensa nisto, se transforma em mais um número nas estatísticas dos seguidores. Não é à toa que o marketing já sabe disto há muito tempo e com a ajuda da psicologia de massa, vem manipulando com êxito as diversas tribos, grupos e criando uma máquina de geração de valores e necessidades sociais.

Deixe que os críticos e os donos da verdade discutirem entre si, veja como eles não se entendem e disputam os holofotes da vaidade como bichinhos da luz falando bobagens e criando um cenário de medo com palavras que parecem ser verdadeiras, mas são apenas retóricas pobres e absurdas explicando coisas sem nenhuma base empírica. Você sabia que no Brasil, segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, existem cerca de 11 milhões de brasileiros, ou seja, cerca de 7% da população total que se identificam como terraplanistas? Imagine agora os argumentos absurdos que eles não criam para justificar tais disparates sem se importar com as evidências cientificas, acreditando abertamente em mitos da idade média em pleno século XXI. Agora imagine um terraplanista criticando a sua decisão de fazer uma viagem de volta ao mundo no avião por ser muito perigosa, devido “a beirada da Terra”. Você cancelaria a sua viagem por esta crítica delirante?

Espero que não, mas a lista é gigantesca! Temos pessoas que defendem a “Terra oca”, temos terroristas de todos os tipos, temos também racistas, nazistas, sexólatras, pederastas, etc. São milhares de grupos, pessoas, sociedades, nações apostando em coisas que não tem nada a ver com o seu pensamento ou a realidade e, principalmente, com quem você é de verdade. Logo, o pensamento de nenhuma delas poderia ou deveria tirar a sua noite de sono.

Mesmo que você fique calado no seu canto sem dizer nada, vai aparecer alguém para te criticar, até porquê, o silêncio é muito mais eloquente do que mil palavras, dependendo do contexto. É como já dizia a minha santa e sábia avó: “Nem Jesus Cristo agradou a todos, meu neto!

Antes de se sentir diminuído diante das massas vociferando como feras que bradam apenas a própria ignorância, valorize a sua opinião pessoal com sabedoria e clareza de ideias, deixe que os “haters” se autodestruam, como sempre fizeram, pois “enquanto a caravana passa, os cães ladram”, não é verdade?

Vale lembrar aqui a máxima: “Até tu, Brutus!” atribuída a Júlio Cesar antes de morrer no cesaricídio de 44 a.C. por confiar muito nas opiniões dos seus conselheiros e no fim de tudo, sentiu a fria lâmina guiada pelas mãos do seu próprio filho que lhe “sub-traiu” a vida por ser apenas mais um dos seus inúmeros críticos, que agiam literalmente pelas suas costas.


Dr. Marcos Calmon

www.drmarcoscalmon.com.br                                                                               psicologo@drmarcoscalmon.com.br

Psicólogo Clínico

CRP 32.619 / 05

WhatsApp: (21) 98675-4720

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