Dos arcades até o uso de óculos de realidade virtual, os videogames passaram por uma grande mudança
Atualmente, os videogames são aparelhos bem comuns de serem encontrados na casa das pessoas. Ao longo das últimas décadas, eles conquistaram popularidade no mundo todo, criando uma indústria que movimenta US$ 100 bilhões ao ano.
Assim, se hoje você tem prazer em ter o controle de PS5 em suas mãos, saiba que o controle – e os próprios videogames – passaram por muitas mudanças ao longo das décadas. Abaixo, saiba um pouco mais sobre como foi a evolução desse aparelho ao longo das décadas.
O começo de tudo
Pode parecer mentira, mas a origem dos videogames pode ser datada até o ano de 1940. Na New York World Fair daquele ano, mais de 50 mil pessoas desafiaram um game de matemática contra um computador, sendo que a máquina ganhou em quase 90% das vezes. Essa seria a ideia mais básica do que viria a se tornar o videogame.
Já em 1952, o britânico A.S. Douglas, que era professor na Universidade de Cambridge, criou o OXO. O jogo, também conhecido como zeros e cruzes ou simplesmente jogo da velha, fez parte da sua tese de doutorado nessa área. Alguns anos mais tarde, em 1958, foi a vez de William Higinbotham criar o Tennis for Two: ele era um grande computador analógico que utilizava uma tela de osciloscópio e era conectado ao Laboratório Nacional de Brookhaven, no estado de Nova York.
Mesmo com uma interface simples, esse foi o primeiro jogo eletrônico comercializado. Já em 1962, foi a vez de Steve Russell, do MIT, criar o Spacewar!. Esse videogame de combate espacial era baseado em um computador para o PDP-1 (Processador de Dados Programado-1), que na época era um computador de ponta utilizado pelas universidades. Com isso, ele foi o primeiro videogame que pôde ser jogado em várias instalações diferentes de computador.
Já em 1967, veio o primeiro jogo eletrônico feito para ser jogado em casa, o Brown Box. Ele possuía até seis jogos diferentes e obteve bom sucesso entre consumidores, vendendo 300 mil aparelhos entre 1972 e 1975.
A popularização dos jogos arcades
A década de 1970 foi de grandes mudanças na história dos videogames. A Sega passou a investir pesado em jogos de arcades, lançando, em 1972, a Atari, a primeira empresa de jogos eletrônicos do mundo. Naquele momento, o objetivo era produzir máquinas projetadas para serem utilizadas em espaços comerciais: os populares arcades.
Assim, nesse período nos EUA, locais como esse se tornaram muito comuns e populares, com máquinas que desafiavam os jogadores a alcançarem a pontuação máxima. Isso colaborou para a popularização de jogos hoje tido como clássicos, tais como Space Invaders, Donkey Kong, Pong e, claro, Pac-Man.
Já na década seguinte, aconteceria outro marco importante: o lançamento da Nintendo no Japão. Em 1983, a empresa lançou o console Family Computer, que foi abreviado para Famicom. A ideia era que o jogador pudesse se divertir em casa, sem precisar ir mais ao arcade. Posteriormente, ele passou a ser chamado de Nintendo Entertainment System, ou NES, que ficou famoso no mundo todo. Ainda no fim dessa década e no início da década de 1990, outros consoles clássicos ganharam notoriedade, como o Mega Drive, Super Nintendo e o Gameboy.
A chegada dos CDs e da Internet
Entretanto, o maior impacto na história dos videogames na década de 1990 foi a chegada dos jogos em 3D, que passou a ser um padrão em consoles como o Nintendo 64. Algo que facilitou essa revolução nos jogos foi o uso de Compact Discs (CDs) ao invés dos tradicionais cartuchos, que permitiam que os desenvolvedores tivessem mais espaço para armazenar os seus jogos.
Ao mesmo tempo, ocorria outra mudança de panorama importante: a Internet, que se tornou mais popular a partir desse período e que afetou diretamente o estilo de vida das pessoas. Com a popularização dos computadores pessoais, que também se tornaram mais potentes e compatíveis para jogos, surgiu a possibilidade de conexão, de modo que fosse possível jogar com qualquer pessoa no mundo.
O videogame hoje
Neste século, os videogames se tornaram ainda mais populares, fazendo parte do dia a dia das pessoas. E nem mesmo é necessário mais ter um console em casa para se divertir: o impressionante avanço dos celulares, que se transformaram em potentes computadores portáteis, tornou smartphones capazes de suportar games eletrônicos com gráficos excelentes. Tanto que o mercado mobile de games já representa uma grande fatia do total da indústria.
Além disso, o uso de novos periféricos para os consoles e computadores, como os óculos de realidade virtual, também afetaram diretamente a experiência do jogador, tornando ela ainda mais imersiva. A tendência é que essa experiência se torne melhor num futuro próximo, já que os avanços tecnológicos nessa área não param de impressionar.