“Esse caminho foi feito pra todas as mulheres”. Assim começa “De Volta Para Gaiola: Amor” e “De Volta Para Gaiola: Amor De Verdade”, dois novos EPs de Valesca Popozuda que chegam em todas as plataformas digitais nesta sexta-feira (05). Este novo trabalho marca uma transformação significativa na carreira da artista, que explora diversos ritmos e influências do R&B, pagode e trap para ecoar sua maturidade musical e sexual. Valesca, conhecida por seu estilo ousado e energético, apresenta, pela primeira vez, canções
que falam sobre amor. “De Volta Para Gaiola: Amor” é a versão light deste projeto, enquanto “De Volta Para Gaiola: Amor De Verdade” traz a essência do “proibidão” e dos primeiros trabalhos musicais da funkeira.
“Esse EP fala muito da liberdade da mulher, que ainda tentam ignorar até hoje. Nossos desejos de falar e pensar o que queremos”, declara Valesca.
Com esse lançamento, a cantora faz um manifesto pela liberdade sexual na maturidade e o empoderamento feminino. Os EPs contam com três faixas poderosas cada um e uma intro que apresenta todo o conceito do trabalho. A abertura é feita com um poema de Hana Khalil, criado exclusivamente para a
artista, onde ela recita: “saber o que seu corpo faz e resolver que você manda nele é um símbolo do meu legado até aqui”.
O trabalho segue com “Pagodin”, faixa em que Valesca Popozuda se joga de cabeça no pagode boêmio com uma letra irreverente. A segunda música, “12 Horas”, traz a participação especial de MC GW, funkeiro carioca revelação que conta com mais de 22 milhões de ouvintes mensais nas plataformas digitais. Eles fazem um dueto sensual, que bebe da fonte do R&B americano. Finalizando o EP, “XXT Na XXT”, com participação de Ya Malb, Valesca canta sobre o amor sáfico, mulheres que sentem desejo ou afeto também por mulheres.
Valesca explica a motivação por trás do projeto: “Por alguns anos, me questiono quando o assunto é lançamento. Será que realmente tenho que entrar em um padrão de música e comportamento para soar melhor no mercado? Lá atrás, quando minha história começou, eu tive coragem de fazer música proibidona quando o julgamento e a resistência para esse tipo de música era muito maior, mas mesmo assim, eu não me calava. Agora, as coisas evoluíram e eu sinto que posso falar o que penso e o que quero sem ser censurada e faço música para todas. Justamente por isso, decidi fazer essas duas versões. Tem para todos os gostos.”
O conceito também permeia a identidade visual do projeto. A capa da versão light apresenta
Valesca de frente, toda coberta com um macacão preto, enquanto a versão explícita é com a artista de costas, completamente nua.
Com este trabalho, ela reafirma sua posição como uma voz percursora do funk proibidão, sempre inovando e quebrando barreiras. “Esse EP fala da construção do desejo, desde a forma mais livre até a forma mais romântica. É um resgate da minha história e uma demonstração de onde me encontro hoje, com uma carreira consolidada e com meus desejos respeitados”, conclui. É previsto para os próximos meses a segunda parte deste projeto contendo músicas inéditas.
Fotos: Felipe Braga