O dia em que nós ficaremos mais velhos é sempre o hoje.
Ao fim desse dia seremos mais “idosos”, todos nós.
Ao fim do hoje teremos encontrado uma mudança qualquer.
Vão-se os hormônios mais um pouco,
algumas células se apagam
ou cometem apoptose…
Isso sem falar no aumento do nível de neurose,
ou quem sabe um cansaço fraco,
uma pitada de esclerose!
Você é novinho/novinha
E nao tá “nem aí” para esse movimento…
Acha que seu corpo ou alma são poderosos
e seguirão bem lentos para o futuro?
“Ora, posso tomar um golinho,
comer uns porcaritos e
quem sabe também “um cigarrinho” não me faça tão mal!”
Aí, entra a história e o consolo marrento
“tá tããããooooo longe envelhecer”…
Então, pergunte a seus avós, ou pai, ou tio,
mais “idosos” que você,
e poderão lhe dizer o quão rápido passou.
Só pense comigo, e não tem de concordar,
ao fim do dia de hoje
tanto eu quanto você estamos mais experientes
e mais gastos.
Ao fim da semana que vem
nem iremos nos lembrar.
Ao olhar para trás, enfim, diremos
(e dizemos sempre)
“Nossa, como o tempo voou!”
O dia em que nós ficaremos mais velhos é sempre o hoje.
Ao fim desse dia seremos mais “idosos”, todos nós.
Pense,
e só repense.
Não há dia dos idosos, todo dia é dia!
Janice Mansur é poeta, professora, revisora de tradução e outra cosistas más.
Visite a autora também no site do Jornal Notícias em Português (Londres) e na Academia Niteroiense de Letras.
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