Sob coordenação de Rijarda Aristóteles, os eventos realizados na FIEC reuniram lideranças do setor público, empresariado, representantes do Governo Federal, delegações do Mercosul, União Europeia e países lusófonos, consolidando Fortaleza como polo internacional de diálogo econômico e de gênero.
Fortaleza se transformou em epicentro de debates globais ao sediar, na FIEC, o Mulheres de Negócios em Língua Portuguesa (MNLP) e o Fórum Mulheres Mercosul–União Europeia, encontros organizados em correalizaçã com Sebrae/CE e alinhados às diretrizes federais de competitividade e internacionalização. A programação mobilizou autoridades públicas, especialistas em comércio exterior e empreendedoras de diversos países, com o objetivo de integrar gênero, economia e diplomacia em decisões de impacto. Entre as participantes esteve a empresária e autora best-seller Sophia Martins, que contribuiu diretamente nos debates sobre inclusão feminina em acordos multilaterais.

Sophia participou da mesa dedicada à inclusão de gênero no acordo Mercosul–UE ao lado da secretária da Mulher de Fortaleza, Fátima Bandeira, de representantes do Grupo Pague Menos ,incluindo a presidente do conselho da companhia, Patriciana Rodrigues ,e de Centre Euro África, com presença de Divaika Dina Kemba. A composição reforçou o caráter multissetorial e internacional do debate, articulando setor público, varejo, cooperação internacional e economia global em torno da pauta de gênero.
Durante sua intervenção, Sophia apresentou uma análise clara sobre o descompasso entre a presença feminina no cotidiano empresarial e sua escassa influência nas decisões estratégicas de política, investimentos e acordos internacionais. Ela ressaltou que as mulheres já lideram operações, geram resultados e transformam realidades — mas ainda estão sub-representadas nas mesas onde se definem os rumos econômicos. Para Sophia, a perspectiva feminina deve sair do status de “diversidade simbólica” e tornar-se parte estruturante das estratégias econômicas nacionais e multilaterais.

Sophia defendeu que a inclusão produtiva feminina não deve ser vista como pauta social complementar, mas como alicerce de competitividade, inovação e atração de investimentos. Quando inclusão deixa de ser discurso e passa a ser vinculada a métricas, metas e políticas públicas, transformase em economia real, com impacto nas finanças, nos mercados e no desenvolvimento regional.
Para a presidente do Clube MNLP, Rijarda Aristóteles, a participação de Sophia elevou o nível técnico e estratégico dos debates. Segundo Rijarda, o desafio não é apenas garantir presença feminina, mas assegurar que essa presença se traduza em poder de decisão, influência política e protagonismo real nos acordos que moldam o futuro econômico dos países envolvidos.

A articulação entre Sebrae, Estado, iniciativa privada, cooperativas internacionais e empresas como Pague Menos reforça a importância de integrar mercado, políticas públicas e diplomacia econômica. A escolha da FIEC como palco dos eventos simboliza a união entre indústria, comércio e governança para projetar Fortaleza como centro de convergência global.
Ao final da mesa, Sophia deixou uma provocação que ressoou entre delegações de diversos continentes:
“Se metade da população não está representada nas mesas que definem o futuro econômico, quem está desenhando esse futuro?”
(Crédito : Luiz Adriano)
