Previsões para o setor sugerem que haverá crescimento econômico nas atividades da construção civil
De fato, o setor de construção civil tem sido destaque no cenário econômico brasileiro e tende a continuar aquecido em 2023 por uma série de motivos. Por exemplo, a recuperação pós-pandemia, a desaceleração dos custos de materiais de construção e a melhora da economia brasileira são alguns dos fatores que contribuem para o bom momento do setor.
Por isso, é muito importante saber para qual direção o setor de construção e reforma de imóveis está se dirigindo, além de entender mais sobre suas transformações. Leia o artigo abaixo para saber mais.
A construção civil em 2023
De fato, a previsão é de que a construção civil será expandida em relação aos investimentos ocorridos em 2022. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) prevê crescimento de 2,5%, o que significa que o setor estará crescendo mais do que a economia pela terceira vez consecutiva. Além disso, a Prospecta Analytica, outro órgão que avalia o setor, é ainda mais otimista e prevê crescimento de 4,5%.
A recuperação pós-pandemia, a diminuição dos custos de materiais de construção e a melhora da economia do Brasil são alguns dos motivos para o bom momento do setor. Além disso, a consistência dos últimos dois anos e a alta demanda do mercado imobiliário também influenciam positivamente.
Vale ressaltar que é importante aumentar a participação da construção civil no PIB, que caiu de 6,5% em 2012 para 3,3% em 2021. Nos países mais desenvolvidos, esse setor é responsável por 7% do PIB.
Por fim, vale notar que a diferença nas projeções do crescimento se deve a expectativas sobre a política econômica do novo governo, que afetará o desempenho da construção civil.
Modernização do setor
De acordo com a pesquisa feita pela Prospecta Obras, 88% das empreiteiras já estão usando tecnologias digitais, mas apenas 13% são altamente avançadas e 58% estão começando a digitalizar seus canteiros de obras.
No entanto, o processo de modernização se intensificará ao longo de 2023: a tendência é usar plataformas como o Building Information Modeling (BIM) para modelar obras de forma mais eficiente e com menos custo.
Além disso, outra tendência é usar drones para monitorar a construção e sistemas de informações geográficas para avaliar terrenos com mais precisão.
Muitos profissionais usarão, ainda, as tecnologias de Realidade Virtual e Realidade Aumentada, que permitem simular resultados de obras. Construções verdes e projetos sustentáveis também serão mais frequentes, usando materiais ecológicos e gerando menos resíduos.
Crescimento do programa “Minha Casa, Minha Vida”
O Ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, anunciou que seu ministério vai investir R$ 10 bilhões na iniciativa “Minha Casa, Minha Vida”, famoso programa social do governo federal.
De fato, esse investimento vai ajudar o país a crescer economicamente e, se feito com uma gestão eficiente, pode auxiliar no desenvolvimento social do país.
No entanto, o efeito de tal programa social não é imediato, uma vez que o setor não reage de maneira imediata às mudanças das diretrizes econômicas do país. Estima-se que a partir do segundo semestre as pessoas começarão a ver os resultados.
Desaceleração do INCC
Por fim, outro fator importante é que o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), medido pela FGV, fechou o ano com desaceleração. A alta foi de 9,4%, abaixo do crescimento de 13,84% de 2021.
Sendo assim, a desaceleração afetou os preços de materiais de construção, equipamentos e serviços. A mão de obra foi o fator que mais influenciou o índice, correspondendo a 11,76% em 2022.
Ambos os custos com materiais de construção e mão de obra devem ter variações próximas da inflação esperada para 2023, que deve ser de cerca de 5%. Isso aquece a economia e favorece a criação de novos empreendimentos.