Sergio Fingermann realiza exposição em SP para celebrar seus 50 anos de carreira

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Para celebrar seus 50 anos de carreira e 70 anos de idade, o pintor e gravador Sergio Fingermann realiza a exposição “Imagens malabares de uma obra gráfica”, entre os dias 05/08 e 06/11, no Museu Lasar Segal, na Vila Mariana. A mostra apresenta 45 obras que sintetizam o percurso do paulista ao longo das cinco décadas da sua trajetória como um artista inquieto e questionador das bases – percurso por onde está assentada a experiência da sua criação artística na época contemporânea. A exposição estará aberta ao público de quarta a segunda-feira, das 11h às 19h, com curadoria do crítico Giancarlo Hannud, professor de História da Arte.

Durante a mostra, os visitantes podem observar obras de uma extensa produção de gravuras em metal, desenvolvidas desde a metade dos anos 1970 – período de produção artista de Fingermann que é marcado por técnicas água-forte e água-tinta e de desenhos que dialogam com a temática de suas gravuras e suas pinturas. Através das suas obras, o Sergio aposta na construção de uma obra fundada em uma subjetividade lírica, que dialoga com a história da arte e a contemporaneidade. Nelas, ele incentiva o observador a refletir sobre o que está em cena, no palco ou sobre o que a encenação encena. Muitas vezes em seus trabalhos, o artista faz uso de cadeiras, cortinas, andaimes, escadas e luas que reaparecem e se combinam entre si, criando um território para o sonhar.

“A gravura é uma técnica que tem a peculiaridade de provocar a reflexão sobre a construção das imagens, pois ela é feita por sucessivas gravações em uma chapa de cobre, construindo um jogo de tramas e hachuras que cria sensações de sombras e luzes. Com uma produção de desenhos, pinturas e gravuras articuladas entre si, busco a criação de uma identidade poética utilizando signos do teatro, lembranças afetivas e observações do real para construir um mundo de lirismo”, explica Sergio.

Sergio Fingermann

Sobre Sergio Fingermann:

O artista paulista teve formação artística desde o início da sua adolescência, com Ernestina Karman e no ateliê de Yolanda Mohalyi, artista com quem teve intensa interlocução. Entre 1973-74, Fingermann frequentou a Universidade Internacional de Arte, em Veneza, sob orientação de Mario de Luiggi e Mark di Suvero. De volta ao Brasil, frequentou a Escola de Arte Brasil e graduou-se arquiteto pela FAU da USP (1975-79). A vivência artística de Sergio em diversos ateliês de gravura e o contato com artistas de diferentes pactos poéticos foi determinante na sua identidade.

As trocas de ideias e questionamentos artísticos, naquele período de extremo fechamento cultural, por causa da ditadura, foram importantes na construção de um repertório poético, baseado num lirismo. O artista tem seu trabalho apresentado em exposições coletivas e individuais, nacionais e internacionais. Fingermann conta com obras nos acervos do Museu Nacional de Belas Artes, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, entre outros. Já realizou, inclusive, diversas exposições individuais em galerias e museus brasileiros, entre elas destacam-se no Museu de Arte de São Paulo, Masp, Pinacoteca, Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Museu Nacional de Belas Artes.

Na busca por interlocuções artísticas fez com que criasse o Contraponto, um espaço para diálogos com aqueles que trabalham com a psicanálise, a literatura, a filosofia, a música. Nesses quinze anos de atividades, o Contraponto já organizou séries de palestras sobre arte. Desde o início da pandemia, o artista tem ocupado as Redes Sociais do Instagram e Facebook, diariamente, abordando as questões da Arte Contemporânea, a ética e a política do fazer artístico e o lugar da subjetividade no contemporâneo. Hoje, com quase 20 mil seguidores na internet, o artista dialoga sobre o processo de criação, de uma maneira democrática. Além de oferecer cursos on-line que abordam os enfrentamentos da criação à exposição, Sergio conta com livros publicados pela Editora Bei com os títulos: “Fragmentos de um dia extenso”, “Elogios ao Silêncio”, “Gravura: Tramas de sombras”, “Uma Aprendizagem” e “Se noite fosse água”.

Serviço:

Exposição – Imagens malabares de uma obra gráfica

Local: Museu Lasar Segall – Rua Berta, 111 – Vila Mariana
Data: 5 de agosto a 6 de novembro
Horário: 11h às 19h, de quarta a segunda
Entrada gratuita

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