Referência na luta contra o HIV e a AIDS, Grupo Pela VIDDA RJ realiza show beneficente no Teatro Firjan SESI Centro

Redação
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Suzy Brasil abrirá o evento (Foto: divulgação)

Noite Solidária pela Vida terá abertura com Suzy Brasil e diversas atrações

Um show especial com apresentações musicais e performances de drag queens em apoio à luta contra o HIV e a AIDS. O Grupo Pela VIDDA do Rio de Janeiro realiza no palco do Teatro Firjan SESI Centro no dia 09 de dezembro, terça-feira, às 19h, “A Noite Solidária Pela Vida”. O evento celebra a arte, a diversidade e a solidariedade, unindo vozes e talentos em prol da conscientização e do combate ao preconceito.

Suzy Brasil abrirá a noite de muita energia, emoção e compromisso com a vida, que terá shows das drags Lili Carabina, Samara Rios, Andreia Andrews, Danny D’Avallon, Drag Capitu, Luiza Gasparelly, Organzza e Thérèze M, das cantoras Fhernanda Fernandes, Leila Maria, Nana Kozak e Simone Mazzer, além do cantor Raphael Borges.

Valorização, integração e dignidade

O Grupo Pela VIDDA do Rio de Janeiro (GPV-RJ) foi fundado em 24 de maio de 1989 pelo escritor e ativista Herbert Daniel. Foi a primeira organização brasileira criada por pessoas vivendo com HIV e Aids, seus amigos e familiares. Atua com voluntários e profissionais com o compromisso de enfrentar a epidemia e promover dignidade. Como entidade sem fins lucrativos, o GPV-RJ se mantém por meio de financiamentos de instituições nacionais e internacionais, doações e parcerias com organizações voltadas à garantia da cidadania e com a rede pública de saúde.

A missão do GPV-RJ é promover saúde e garantir direitos das pessoas vivendo e convivendo com HIV e Aids (PVHA), bem como da população LGBTQIA+. Para isso, busca romper o isolamento, desconstruir estigmas sociais e contribuir para a reintegração social, além de defender direitos humanos. Desenvolve atividades de acolhimento e convivência direcionadas a mulheres, jovens, transexuais e ao incentivo à adesão ao tratamento. Desde 1990, oferece assistência jurídica e criou o primeiro serviço de informações telefônicas sobre HIV/Aids no país: o Disque-Aids Pela VIDDA.

Em parceria com o Grupo Arco-Íris, foi pioneiro no acompanhamento domiciliar de PVHA. Realiza ações educativas e de mobilização social, sempre com foco na promoção da saúde. O GPV-RJ entende que a transformação social depende da incidência política (advocacy). Por isso, participa na formulação de políticas públicas de saúde, integrando conselhos de saúde, fóruns de discussão sobre HIV/Aids e outras instâncias de controle social.

O Grupo foi fundador do Fórum de ONG/Aids do Estado do Rio de Janeiro (1997) e, em 2003, do Fórum Estadual de ONGs no Combate à Tuberculose no Estado do Rio de Janeiro. Desde 2016, oferece atendimento jurídico à população LGBTQIA+, com foco especial para transexuais e transgêneros, por conta da alta vulnerabilidade. Em 2017, iniciou um projeto de atendimento psicológico individual para transexuais, ampliando a rede de cuidado. Além disso, promove formação de voluntários com base nos direitos humanos, que atuam no enfrentamento da epidemia e da LGBTfobia, incluindo palestras e oficinas na rede pública de saúde e educação. Desde 1991, organiza, junto com outros parceiros, o Encontro Nacional de Pessoas Vivendo com HIV e Aids no Brasil (VIVENDO) desde 1991. A partir de 2014, começou a realizar testagem rápida com amostra de fluido oral para identificação da infecção pelo HIV. Atualmente, a parceria é com o “Programa Viva Melhor Sabendo”, preconizado pelo Programa de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde e com a ONG AHF-Brasil – Aids Healthcare Foundation.

Apesar dos avanços científicos, os desafios são muitos: vulnerabilidade entre jovens, gays, HSH (homens que fazem sexo com homens), travestis e transexuais; aumento da incidência de infecção pelo HIV entre os jovens; desemprego e falta de políticas de assistência e inclusão social; dificuldade de inserção da temática sexualidade e IST/Aids nas escolas; redução de investimentos em prevenção e promoção da saúde; efeitos colaterais, dificuldades de adesão ao tratamento e comorbidades; crescimento da coinfecção tuberculose e HIV; fragilidades na descentralização da assistência nas Unidades de Atenção Primária do SUS; aumento de violações de direitos, preconceito, isolamento e estigmatização de PVHA; vulnerabilidade social da população LGBTQIA+ e crescimento da LGBTfobia; redução do financiamento oferecido à sociedade civil e, consequentemente, à resposta comunitária à epidemia.

Esse cenário tem resultado em retrocesso de direitos, mantendo e reforçando preconceito e estigma, o que perpetua a morte civil e o isolamento social das PVHA. A continuidade do trabalho depende da mobilização de todos os setores da sociedade comprometidos com a resposta à epidemia, com a promoção da saúde e defesa dos direitos humanos. Em um contexto de escassez de recursos, manter vivas as ações do GPV-RJ é um ato de resistência e solidariedade.

Serviço:

Local: Teatro Firjan SESI Centro – Av. Graça Aranha, 1 – Centro, Rio de Janeiro – RJ

Dia e hora: 09 de dezembro, terça-feira, às 19h

Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada), vendas na bilheteria do teatro e pelo site https://bileto.sympla.com.br/event/113546/d/350742

Duração: 90 minutos

Classificação: livre

Rede social:

https://www.instagram.com/pelaviddarj/

https://www.instagram.com/teatrofirjansesicentro/

Ficha técnica:

Apresentação: Suzy Brasil
Elenco: artistas pela vida

Direção geral: Marcia Rachid e Marcio Villard
Direção artística: Diogo Camargos

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