Premiado fotógrafo brasileiro embarca na próxima semana para projeto sobre cavalos selvagens, nos Estados Unidos

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Raphael Macek, premiado fotógrafo brasileiro especializado em cavalos, embarca para os Estados Unidos na próxima semana para dar início ao projeto Wild Horse Tour: livro, série única de fotos e documentário sobre a raça de cavalos Mustang, selvagem. O fotógrafo passa por cinco cidades americanas para realizar as imagens e deverá complementar o trabalho na Mongólia, regiões da África e até no Brasil. 

Macek é o principal nome hoje em atividade para capturar os nobres equinos em imagens que conquistaram milhares de admiradores. Entre estes, estão a rainha Elizabeth 2ª, que é uma grande entusiasta não só da criação de equinos como de corridas desses animais – ela é frequentadora assídua do tradicional torneio The Royal Ascot. Além dela, o fotógrafo brasileiro já atendeu a família Kardashian, Sheihk Ammar Bin Humaid Al Nuaimi – príncipe de Ajman um dos sete Emirados Árabes – e fotografou também cavalos das famílias dos gênios dos computadores Bill Gates (Microsoft) e Steve Jobs (Apple).

“Diferentemente de fotografar um modelo, em que um diretor pode demandar certas emoções, posições e sentimentos, a fotografia de cavalos é uma dança para se controlar o incontrolável”, conta Raphael Macek. “O cavalo não está ali para ser modelo. A forma como fotógrafo atualmente envolve grandes produções, com luzes artificiais, flashes e várias pessoas. Demanda horas de conexão com o animal antes de iniciar o ensaio”, explica. O projeto envolverá equipe de sete pessoas, que acompanharão Macek, além de um guia, e terá financiamento de duas associações de proteção aos Mustangs – a American Wild Horse Campaign e a Return to Freedom. O projeto todo é estimado em US$ 2 milhões. 

Créditos: Raphael Macek

Para o livro, Macek fechou contrato com uma das maiores editoras de livros de arte e fotografia do mundo, a alemã teNeues – ele, inclusive, é o primeiro fotógrafo brasileiro a ser publicado pela casa editorial,que lançou seu livro “Equine Beauty” em 2015. Para o documentário, a expectativa é que seja produzido para canais de streaming, como Prime Video (Amazon) e Netflix. Livro e documentário devem ser lançados em janeiro de 2023, em escala global – com eventos já previstos para EUA, Alemanha e Brasil.

Macek escolheu os meses da primavera (no hemisfério Norte) para começar seu projeto porque, explica, “são o período de nascimento dos potros, como o das disputas dos garanhões pelas fêmeas, em época de reprodução”. 

Macek é radicado atualmente na Flórida (sul dos EUA), mas a paixão pelos cavalos vem da infância vivida na fazenda da família, no interior de São Paulo. Lá ele criou “uma conexão única e verdadeira com esses animais”. A convivência e a interação despertaram respeito e admiração, “e eles me permitem fotografá-los, transmitindo sentimento e emoção através das minhas imagens”, diz. Já o gosto por fotografar nasceu quando Macek tinha 19 anos, em uma temporada que passou com amigos nos EUA. Em 2005 ele se graduou pela New York Film Academy, e a partir daí passou a aprimorar seu olhar, buscando referências nos universos da arquitetura e da moda.

Mustangs – Desafio selvagem

O Wild Horse Tour, Macek explica, é uma oportunidade sem precedentes de aplicar uma visão artística ao sentimento primitivo desses animais: “Quero conscientizar pessoas ao redor do mundo da importância da preservar e conservar esses cavalos e outros animais que são partes da nossa história”. A espécie se encontra sob proteção legal – de cerca de 2 milhões de animais por volta de 1900, restavam cerca de 17 mil em 1971 (de acordo com dados do Museu Americano de História Natural), quando então o Congresso dos EUA aprovou uma legislação específica para protegê-los. 

No Brasil, Macek explica que também tem cavalos selvagens – são cerca de 200 animais apenas no Estado de Roraima: “Esses animais estão em extinção no Brasil. Aqui eles eram chamados de lavradeiros e acabaram se tornando selvagens ao longo do tempo pela seleção natural”. Ele destaca que no país o mercado é mais voltado para raças domesticadas, principalmente europeias – como Lusitano e Friesians – e também as brasileiras – como Mangalarga, Mangalarga Marchador, os Crioulos, entre outros.

Suas imagens são edições limitadas, impressas em papel algodão, fine art e emolduradas utilizando vidros e acrílicos museológicos — que garantem a preservação da obra de arte por mais de 100 anos. Os valores das fotos em geram iniciam em US$ 8 mil, e chegam a US$ 30 mil. 

Parte do lucro obtido com o Wild Horse Tour – tanto na venda do livro, quanto nas obras de arte fotográficas da série, além de um documentário – será revertida para associações protetoras destes animais. 

Sobre Raphael Macek:

Paulistano, 40 anos, Raphael Macek viveu em contato com cavalos na fazenda da família em Bauru (SP). Lá, criou uma conexão “única e verdadeira” com os animais. Aos 19 anos, durante uma temporada nos Estados Unidos, conheceu um grupo de amigos que estudava fotografia e foi conquistado. Em 2005, formou-se em fotografia pela New York Film Academy e deu início a uma carreira de sucesso. Com seu estilo único, ganhou a atenção de milhares de criadores, atletas e admiradores. Macek é o único fotógrafo brasileiro a clicar algumas das corridas de cavalos mais tradicionais do mundo, como a Royal Ascot, no Reino Unido – que tem a rainha Elizabeth como frequentadora assídua. Macek, inclusive, foi convidado a fotografar alguns dos cavalos pessoais da soberana britânica. Suas obras custam de US$ 8 mil a US$ 30 mil.

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