Peça baseada na obra de Khalil Gibran estreia em outubro, no Teatro Bravos

7 min. leitura

“Uma história que inspira e reconforta numa época de perplexidade”

Mansour Challita

O Profeta, de Khalil Gibran, é um dos livros mais lidos do mundo – que
completa 100 anos no ano que vem – e já foi traduzido para mais de cem
idiomas. A história da jornada turbulenta e incerta do homem pela vida ganha
peça de teatro pela primeira vez no Brasil, com uma releitura filosófica baseada
na obra de Khalil Gibran por Lúcia Helena Galvão, interpretação de Sami
Bordokan com participação especial de William Bordokan), direção de Luiz
Antônio Rocha (indicado ao prêmio Shell 2019 pela montagem de Paulo
Freire, O Andarilho da Utopia), projeto de luz de Ricardo Fujii e cenário e
figurinos do artista plástico uruguaio Eduardo Albini. A direção musical é
assinada pela dupla Sami e Willian Bordokan.
 
A estreia em São Paulo acontece no dia 8 de outubro, às 20h, no Teatro
Bravos, localizado no Complexo Aché Cultural, entre as Avenidas Faria Lima e
Pedroso de Morais. A temporada é curtíssima, somente até dia 16 do mesmo
mês, com sessões aos sábados e domingos.

“A cultura amplia nosso entendimento da vida, do mundo e nos aproxima das
pessoas com um espírito de respeito, solidariedade e compreensão com a
finalidade de alcançar valores éticos, morais e permanentes que reforcem a
dignidade humana. E é na busca para melhorar o mundo e o ser humano, por
meio do teatro e da filosofia, que surge esse projeto baseado na obra
homônima de Khalil Gibran”, conta o diretor Luiz Antônio Rocha.

Depois do sucesso de público e crítica da montagem teatral Helena Blavatsky,
a voz do silêncio, a autora e filósofa Lúcia Helena Galvão repete a parceria
com o encenador Luiz Antônio Rocha. Em seu segundo desafio para teatro, faz
uma releitura filosófica da obra do poeta libanês.

“O profeta está enraizado na própria experiência do autor como um imigrante e
serve de inspiração para qualquer um que se sinta à deriva em um mundo em
fluxo. A vida e os pensamentos de Khalil Gibran se entrelaçam com as nossas
vidas e compõem parte importante do que somos”, diz a autora.

No papel título, o músico e cantor libanês Sami Bordokan conta essa história
pelas cordas do seu alaúde. Sami é pesquisador de música árabe clássica e
folclórica e faz releituras de temas tradicionais num trabalho de resgate de
peças ancestrais. Seu estilo de tocar o alaúde e de cantar é único reunindo
influências diversas desde a música clássica árabe, o canto bizantino, o
Sufismo, o flamenco e a música popular brasileira.
 
Assim, O Profeta apresenta uma variedade de sons e ritmos, utilizando
instrumentos musicais ancestrais como o alaúde, a flauta nay, a rabab e a
derbak, tocados pelo músico William Bordokan, além do místico canto oriental
entonado pelo próprio ator em cena.

“O espetáculo me remete ao passado, à minha juventude em Miniara, meu
vilarejo no norte do Líbano, numa manhã de primavera colorida pela flor da
amêndoa e pelo frescor da brisa das montanhas de cedro que abraçam o meu
presente e iluminam o meu amanhã com a luz da esperança de que posso me
tornar um homem cada vez melhor”, conta Sami.

Para o diretor, a peça é uma história de rara beleza.

“A força de suas parábolas, a poética musicalidade, a profundeza de seus conceitos são um bálsamo nos dias de hoje. O amor é o fio condutor da história e nos faz
redescobrir o papel do coração.”

Em doze ensaios poéticos, baseados na obra de Gibran, a história desafia o
vazio e descortina a beleza das ideias sobre o que ocorre entre o nascimento e
a morte. Temas profundos e atemporais como amor, dor, filhos, trabalho,
tempo, liberdade, alegria, tristeza, morte, entre outros, são abordados com a
ternura e a sabedoria que vem do Oriente. Numa atmosfera de enlevo e
encantamento a peça é um convite para sermos dignos da vida e a viver ao
nível do que há de mais elevado em nós.

Sinopse

O profeta All Mustafa está prestes a embarcar em um navio para retornar a sua
terra natal após um ciclo de doze anos de exílio na cidade de Orfhalese. No dia
da partida, antes da chegada iminente de seu navio, os habitantes da pequena
cidade pedem a ele que lhes fale sobre as questões fundamentais da condição
humana. E assim, o profeta responde com reflexões que, na sua aparente
simplicidade, revelam uma compreensão profunda da vida e do processo de
existir.

Ficha técnica

Texto: Lúcia Helena Galvão
Interpretação: Sami Bordokan
Encenação: Luiz Antônio Rocha
Participação especial: William Bordokan
Cenário e Figurinos: Eduardo Albini
Projeto de Luz: Ricardo Fujii
Direção musical: Sami Bordokan e William Bordokan
Assistente de direção: Hanna Perez
Vídeo mapping: Júlio Mauro / Cine Mauro
Direção de arte: Eduardo Albini
Preparação corporal e direção de movimento: Hanna Perez
Caracterização: Mona Magalhães
Adereços e efeitos: Nilton Araújo
Artista têxtil: Priscila Pires
Costureira: Marcela G. F. Artusi
Parceria: Nova Acrópole Brasil 
Produção Executiva: Luiz Antônio Rocha
Produção: Espaço Cênico Produções Artísticas

Serviço:

Teatro Bravos, no Complexo Aché Cultural
Rua Coropé, 88 – Pinheiros
Dias 8, 9, 15 e 16 de outubro de 2022.
Sábados e domingos, às 20h.

Gênero: Musical filosófico

Ingressos: R$ (Vendas via Sympla). R$ 100,00 / R$ 50,00 / R$ 80,00 e R$ 40,00
Duração: 80 minutos
Classificação indicativa: Livre
Capacidade: 611 lugares
Respeitando a acessibilidade, o Teatro Bravos ainda conta com elevadores e escadas
rolantes de acesso à sala de espetáculos em todos os andares, além de seis posições
para cadeirantes e seis poltronas para obesos.

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO:

Abertura da Casa
1 hora antes da abertura do espetáculo.
Compre seu Ingresso On-line pela www.Sympla.com e evite filas.
O Teatro Bravos não se responsabiliza por compras feitas em meios não oficiais.

FUNCIONAMENTO DA BILHETERIA:

De terça à domingo das 13h às 19h ou até o início do último espetáculo.
Formas de Pagamentos aceitas na bilheteria: Aceitamos todos os cartões de crédito,
débito e dinheiro. Não aceitamos cheques.

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