Após quatro shows de estrondoso sucesso nos teatros Rival Refit, Claro Rio e no Cine Brasil Vallourec em Belo Horinzonte, o espetáculo “Flores Astrais”, um tributo com caracterização completa e arrebatadora aos imortais Secos & Molhados, chega à maturidade e engrena uma turnê nacional com shows no Teatro Riachuelo, Rio, em 04/10, no Teatro das Artes, São Paulo, em 27/10, e de volta ao Rio novamente no Teatro Rival Refit, fechando o ano em 17/12.
O que leva um grupo de amigos músicos experimentados, com agenda repleta de compromissos em várias frentes, a se lançarem num desafio nunca antes tentado? Provavelmente a mesma chama que fez o LP Secos & Molhados virar a MPB de cabeça para baixo em plena ditadura militar. Numa palavra: ousadia.
A extravagância e o apelo performático das apresentações de João Ricardo, Gerson Conrad, Ney Matogrosso e banda eram espetacularmente inéditos, mas o Secos trouxe também um inusitado e originalíssimo mix de folclore, poesia, Beatles, rock pesado e progressivo.
Com sucesso estrondoso que reverbera até hoje, a fase clássica e icônica do Secos & Molhados ocupa lugar privilegiado no imaginário e nos corações não só das gerações contemporâneas ao revolucionário lançamento de 1973 como das posteriores.
“A ideia parecia apenas um sonho, algo como ‘um dia vou subir o Everest’ ou coisas desse tipo, mas, a partir do entusiasmo e esforço coletivo, foi ganhando corpo e alma”, explica Alan James, responsável pelo baixo e um dos idealizadores do projeto.
Imortalizados pelos hits, pela indumentária e maquiagem criativas e pelo gestual insinuante de Ney Matogrosso, os primeiros shows e LPs do Secos contaram ainda com uma significativa amostragem da nata dos músicos da época, como Emilio Carrera, Zé Rodrix, Willy Verdaguer e outros.
Todos esses elementos são reproduzidos à risca pelo Tributo.
“Encarar o desafio só foi possível pelo prazer de tocar esse repertório fantástico, respeitando arranjos, ambientação e sonoridade originais”, comenta Rike Frainer (bateria).
A aventura de reviver o visual das performances ao vivo do trio principal foi mais uma tarefa árdua. A amizade e entrosamento de velhos companheiros de música e estrada foi fundamental, assim como a semelhança entre Luiz Lopez e João Ricardo após o trabalho de caracterização.
“É uma enorme responsabilidade homenagear a caráter, musical e visualmente, um artista tão marcante, e que ainda está em atividade”, pontua Luiz, cujos trabalhos também incluem as bandas de apoio de Erasmo Carlos e A Cor do Som.
O multi-instrumentista, cantor e especialista em Beatles de renome internacional Mário Vitor, caracterizado como Gerson Conrad, observa: “o desafio proporcionou uma revolução pessoal muito gratificante para todos nós”.
Obviamente a parte mais complicada era encarnar Ney Matogrosso, cuja carreira até hoje tem como marca a mesma expressividade e ousadia de 1973. “Investi em preparações específicas tanto para o registro vocal quanto para a expressão corporal de um de meus maiores ídolos”, conta Danilo Fiani, também internacionalmente celebrado pelos tributos ao Fab Four.
O que parecia impossível e apenas um sonho tornou-se o Flores Astrais – Um Tributo aos Secos & Molhados: músicos experientes, muita dedicação e um trabalho meticuloso de reprodução de uma das mais preciosas e populares pérolas da MPB, formando um caldeirão para emocionar de novo um país inteiro.
Ficha técnica:
Músicos: Danilo Fiani (voz), Mario Vitor (voz, guitarra, violão), Luiz Lopez (voz, piano, violão), Alan James (baixo) e Rike Frainer (bateria)
Direção Artística, Iluminação e Cenografia: Djalma Amaral
Direção Geral: Eduardo Braga
Arranjos e Figurino: O grupo
Produção: Hugo Belfort – Clube Novo Produções
Som: Paulinho Emmery
Confecção de Adereços: Arlete Rua
Preparação Corporal: Suely Mesquita
Assessoria de imprensa: João Luiz Azevedo
Um espetáculo de Eduardo Braga & Djalma Amaral