“Na maioria das vezes, o artista vive de pires na mão por falta de conhecimento”, afirma Tayana dos Santos, fundadora do workshop que trará palestras com Carlinhos de Jesus, Geovane Bento e outros
Viver profissionalmente da arte é um sonho para muitas pessoas, mas nem sempre é tão simples quanto ter dom e talento. Burocracias, gestão estratégica, marketing e muitos outros detalhes estão por trás desse sonho e para isso, o workshop “Minha Arte, Meu Negócio” desembarca no Teatro Popular Oscar Niemeyer, em Niterói, nos dias 30 e 31 de agosto, abrindo as portas da profissionalização para artistas independentes.
Tayana dos Santos, fundadora do Lep Academy, conta em entrevista exclusiva os detalhes do evento. Confira:
1. Como surgiu a ideia de criar um evento que abordasse os desafios do empreendedorismo artístico de forma tão abrangente?
A ideia surgiu quando eu tive algumas frustrações em agenciar alguns artistas. Achava que somente a minha experiência em grandes eventos seria o suficiente para ter artistas próprios, o que não é verdade, show business e mercado fonográfico são totalmente diferentes.
Então depois dessa experiência ruim, decidi buscar conhecimento, mas me deparei com um mercado que não se tem informações, exceto as grandes gravadoras. Foi quando encontrei o Geovane Bento um estrategista fonográfico que estava dando uma mentoria sobre esse mundo, fui e fiz a mentoria dele, a partir daí eu decidi que iria criar um workshop como premissa para que novos artistas pudessem participar dos festivais dos quais eu realizo.
2. Você conta com um time de palestrantes de peso. Quais os critérios para a escolha dos palestrantes?
O critério foi selecionar pessoas que vivam do que ensinam, que tenham uma real experiência de mercado e não sejam apenas didáticos.
3. Niterói cada vez mais vem despertando a atenção de diversos grandes eventos. Pode contar um pouco sobre a escolha do lugar?
Niterói é um lugar que respira cultura, musicalidade, mas que na maioria das vezes não tem acesso a informação e por isso acabam se frustrando e não prosperando nas suas carreiras.
4. Para você, quais são os principais desafios que artistas independentes podem enfrentar na hora de transformar a arte em um negócio?
O maior desafio é não conhecer o seu próprio negócio, não entender como funciona por dentro a gestão, a administração e principalmente as fontes de renda existentes no mercado. Ou seja, na maioria das vezes o artista vive de pires na mão por falta de conhecimento.
5. Pode compartilhar algum case de sucesso que você tenha acompanhado após uma capacitação como essa? Como é a sensação de observar o crescimento dos artistas pós workshop?
Temos alguns nomes como Gaby Hadassa que é uma promessa. A pagodeira Mari Henrique, as meninas Letícia e Vanessa. Entre outros que passam diariamente por aqui. Ou que estão no processo evolutivo.
É muito gratificante quando vemos a evolução de alunos e/ou mentorados.
6. Qual é a história ou o momento mais inspirador que você já testemunhou em outros Workshops promovidos pela Lep Academy?
Em Vila Velha uma artista já havia desistido de sua carreira, desanimada, acabou ganhando um ingresso da rádio para ir ao evento que ela imaginou ser diferente e no final do primeiro dia ela deu um relato que salvamos o sonho dela que dali ela tinha desistido de desistir.
7. Por fim, qual o seu objetivo central? Onde deseja chegar com o “Minha Arte, Meu Negócio”? Teremos edições em outras cidades?
Sim, a ideia é circular com esse workshop, levando conhecimento principalmente para o interior do estado, onde é mais difícil chegar esse tipo de informação e seguir para outros estados do Brasil.
Serviço:
“Minha Arte, Meu Negócio”
DATA: 30 e 31 de Agosto
HORÁRIO: 10h às 19h
LOCAL: Teatro Popular Oscar Niemeyer
ENDEREÇO: Rua Jornalista Rogério Coelho Neto, Niterói – Rio de Janeiro
VENDAS: https://bileto.sympla.com.br/event/84467/b/
LOTE 01 (tempo limitado)
BENEFÍCIOS: acesso aos 02 dias de evento e material didático.
VALOR: R$100,00 +taxas).
