Os segmentos que mais crescem no marketing de influência: o que vai movimentar bilhões até 2026

Redação
6 min. leitura

Da moda a saúde mental à ascensão dos creators B2B e da inteligência artificial, o mercado vive uma transformação de valor, propósito e performance. A especialista Tatiane Medeiros da Agência Side, aponta os novos rumos da influência no Brasil e no mundo

Por Tatiane Medeiros da Agência Side

O marketing de influência não é mais um apêndice das estratégias de comunicação, é
o coração pulsante das campanhas digitais de maior retorno no mercado. Em 2024, o
setor movimentou mais de 21 bilhões de dólares globalmente, segundo o Influencer
Marketing Hub, e deve ultrapassar a marca de 30 bilhões até 2026. Mas o crescimento
acelerado vem acompanhado de um alerta: o público amadureceu, e com ele, a
exigência por autenticidade, conteúdo relevante e propósito claro.

O relatório YouPix Trends 2025 já havia sinalizado esse movimento: o segmento de
estilo de vida tradicional perderam 18% de engajamento médio. A partir dessa virada,
despontam novos territórios de influência que redefinem o conceito de impacto e que
exigem das marcas uma leitura mais estratégica do comportamento do consumidor.

A seguir, um panorama das tendências que vão guiar o marketing de influência até
2026, segundo Tatiane Medeiros da Side.co

Saúde mental, bem-estar e neuroinfluência

A influência emocional será o ativo mais valioso da próxima era digital. Perfis voltados
à saúde mental, autocuidado e equilíbrio entre produtividade e propósito estão
ganhando força justamente porque entregam algo que o público sente falta:
acolhimento e pertencimento.
“Não se trata apenas de falar sobre ansiedade ou burnout. Os influenciadores que
mais crescem são os que unem ciência comportamental, linguagem empática e rotinas
reais. O público busca espelhos possíveis, não perfeição”, comenta Tatiane.
O próximo passo é o uso da neuroinfluência, que combina dados de comportamento
com narrativas afetivas para gerar engajamento profundo.

Creators B2B e a profissionalização da influência corporativa

Se antes a influência era domínio do lifestyle, agora o universo B2B começa a ditar
tendências. Executivos, empreendedores e especialistas estão transformando
plataformas como LinkedIn e Instagram em palcos de autoridade e networking.
“O público B2B quer conteúdo que inspire e eduque, não apenas anúncios de
produtos. É aqui que nasce o conceito de Business Creator, profissionais que
influenciam decisões de compra, reputação e inovação”, afirma Tatiane.
Marcas B2B que entenderem essa lógica sairão na frente, criando campanhas de
influência corporativa baseadas em dados, storytelling e humanização de líderes.

A era dos micro e nano influenciadores

O volume já não garante impacto. A tendência para 2026 é o fortalecimento das
microcomunidades, com creators de 5 a 50 mil seguidores gerando resultados mais
expressivos que grandes perfis.
“Esses criadores conhecem seu público de verdade, conversam, respondem, ouvem.
Eles constroem confiança, e confiança é o novo alcance”, ressalta Tatiane.
Marcas estão migrando para estratégias descentralizadas, com dezenas de
microinfluenciadores ativando nichos simultaneamente. É o poder da escala
personalizada.

Conteúdo gerado por inteligência artificial e influenciadores virtuais

A IA já é protagonista na criação de roteiros, imagens, legendas e até personas
digitais. Mas a grande virada será a integração entre IA e storytelling humano.
“Os influenciadores virtuais estão ganhando voz própria, mas o público ainda quer
sentir emoção. O futuro está nas colaborações entre humanos e inteligências criativas
— criadores que usam IA para expandir sua narrativa, não substituí-la”, analisa
Tatiane.
A previsão é que até 2026, 20% das campanhas digitais envolvam algum tipo de
criação híbrida com IA.

Influência por propósito e impacto social

A influência sem propósito perdeu espaço. Marcas e criadores que compartilham
valores, seja sustentabilidade, diversidade ou inclusão, têm índices de fidelização até
60% maiores, segundo dados da Edelman Trust Barometer.
“Não dá mais para fingir autenticidade. As novas gerações consomem o que faz
sentido, não o que apenas brilha. O público quer saber o que a marca defende, não
apenas o que ela vende”, enfatiza Tatiane.

A tendência é o fortalecimento de projetos de coautoria social, em que criadores se
tornam porta-vozes de causas reais, conectando propósito e performance.

Conteúdo imersivo e influência sensorial

O consumo de mídia está migrando para experiências interativas. A ascensão do
conteúdo imersivo, com realidade aumentada, vídeos 360º e formatos responsivos, vai
redefinir a atenção do público.
“Estamos entrando na era da influência sensorial. As marcas que entenderem que o
conteúdo precisa ser vivido, e não apenas assistido, dominarão o jogo”, afirma Tatiane.
O entretenimento e o varejo serão os primeiros setores a se beneficiar dessa
transformação, com campanhas que combinam gamificação, storytelling e
comunidade.

Dados, mensuração e performance real
A profissionalização do setor trouxe consigo um novo desafio: provar ROI. “O
marketing de influência está se tornando ciência. Hoje não basta mostrar curtidas, é
preciso medir conversão, frequência de compra e percepção de marca”, explica
Tatiane.
A tendência é a integração total de dados entre criadores, plataformas e marcas, com
dashboards unificados que permitam decisões em tempo real. “Quem dominar dados
dominará o futuro da influência”, completa.
A próxima fronteira não será de quem fala mais alto, mas de quem fala com mais
verdade, estratégia e intenção. O marketing de influência não é mais sobre quantos te
seguem, mas sobre quantos confiam em você.

Sobre a autora:
Tatiane Medeiros
Co-founder at Side.co | Head de Atendimento & Planejamento | Marketing de
Influência
https://www.linkedin.com/in/tatiane-medeiros-b5206a76/?originalSubdomain=br

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