Ortopedista explica as causas do dedo em martelo

Tratamento depende do grau da lesão do paciente

3 min. leitura

Segundo o ortopedista Acássio Barreto (CRM-RJ 52.90070-2 e RQE 45681), o dedo em martelo ocorre quando o tendão extensor responsável por endireitar a ponta do dedo é lesionado, causando a impossibilidade de estender a última articulação. “Acontece Geralmente por trauma direto, como uma bola que atinge a ponta do dedo, levando à flexão súbita e involuntária. O dedo fica curvado, dando a aparência de um martelo, o que originou o nome”, esclarece.

O médico afirma que os atletas estão mais sujeitos ao problema, especialmente aqueles que praticam esportes com bolas, como basquete, vôlei e futebol. Ele diz que o trauma direto contra a ponta do dedo durante essas atividades é uma das causas mais comuns dessa lesão.

Diferenças para o dedo em martelo flexível, fixo e rígido

Flexível: é aquele onde ainda existe alguma mobilidade na articulação, ou seja, o dedo pode ser movido passivamente até uma posição estendida.

Rígido: apresenta perda significativa de movimento, com a articulação mais endurecida devido à fibrose ou falta de tratamento precoce.

Fixo: a deformidade já está consolidada, sem qualquer mobilidade, podendo estar associada a calcificações ou danos mais graves às estruturas envolvidas.

Dr. Acássio Barreto – Foto divulgação

Tratamento

Conforme o especialista, o tratamento não é sempre cirúrgico. Em muitos casos, o dedo em martelo pode ser tratado de maneira conservadora, com o uso de uma órtese que mantém o dedo em extensão por cerca de 6 a 8 semanas. “Isso permite que o tendão cicatrize. Contudo, se houver fraturas associadas, desalinhamento ou falha do tratamento conservador, a cirurgia pode ser necessária”, ressalta.

No entanto, se o dedo em martelo for caso cirúrgico, após o procedimento, o paciente geralmente usa uma órtese por algumas semanas para proteger a correção. Acássio conta que a recuperação completa pode levar de 2 a 3 meses, dependendo da gravidade da lesão e do método cirúrgico utilizado. Ele lembra que, durante a reabilitação, é importante seguir as orientações da fisioterapia para restaurar a mobilidade e força do dedo. É recomendado evitar atividades que coloquem estresse na mão e no dedo, pois isso é crucial nas primeiras fases da recuperação.

Sem tratamento adequado, o médico salienta que dedo em martelo pode evoluir para deformidades permanentes, comprometendo a função da mão. “A articulação pode ficar rígida e dolorida, e a dificuldade de estender o dedo pode afetar atividades diárias, como segurar objetos ou digitar. Em casos crônicos, podem ocorrer alterações degenerativas nas articulações, levando à artrose”, finaliza.

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