Após sucesso estrondoso como série televisiva exibida no Multishow, chegou a vez da obra “Os suburbanos”, do diretor Luciano Sabino, ganhar as salas de cinema pelo Brasil afora através do longa-metragem “Os suburbanos – O Filme”, que estreia nesta quinta-feira (6). Nando Cunha, faz parte do elenco principal e é intérprete da personagem ‘Dinda’, uma mãe de santo que é madrinha do protagonista Jefinho, vivido por Rodrigo Sant’Anna, é um dos atores que prometem arrancar boas gargalhadas do público.
Com uma veia artística versátil e dinâmica, Nando, que tem na bagagem mais de 20 anos de carreira, se inspirou em algumas tias guerreiras e engraçadas para dar vida à Dinda. “Ela é a representação de muitas tias suburbanas, andando com aquelas roupas de santo pelo bairro, sem vergonha e sem medo algum de intolerância religiosa. Ela é meio atrapalhada. Uma pessoa que não tem um trato muito bom com a espiritualidade, com um certo receio de incorporar. Personagem divertido, que configura essas tias periféricas, membros de religiões de matriz africana como a umbanda e o candomblé”, conta.
Tendo a Zona Norte do estado do Rio de Janeiro como pano de fundo, o filme narra a história de um piscineiro que sonha em ser um cantor de pagode. O carioca suburbano trabalha na casa do proprietário de uma gravadora e quer deslanchar na música. Trazendo ainda mais adrenalina para a narrativa, durante as relações até que o protagonista consiga emplacar suas músicas através de um grupo de pagode, ele ainda se envolve com a esposa do patrão, o que causa muitos conflitos entre toda a família.
Babu Santana, Mariah da Penha, Carla Cristina Cardoso e Tadeu Mello são alguns dos nomes que também integram o elenco do longa-metragem que já bate à porta. “As minhas expectativas para este trabalho são muito grandes. Filmamos no final de 2017 e, paralelo a isso, eu gravava o filme ‘O Novelo’; o qual me rendeu o prêmio Kikito de Ouro na categoria Melhor Ator no Festival de Cinema de Gramado, além de estar nas gravações finais da telenovela ‘As aventuras de Poliana’, no SBT. Estava tudo muito corrido e já estávamos, desde então, otimistas por conta do sucesso da série”, disse o ator.
Para Nando, este é mais um projeto a se orgulhar. “A série que fizemos teve cinco temporadas e esse filme retrata o início de tudo, contando a origem da história e de todos os personagens. Fiquei muito feliz e realizado por ter me desafiado e feito um outro personagem completamente fora do meu lugar de conforto. Foram cinco anos leves, felizes, onde fiz amizade com o Babu, outros atores, maquiadores, figurinistas. Estreitei ainda mais os laços com o diretor e realmente demos vida a uma família suburbana muito bacana”, pontua.
E prosseguiu dizendo: “Esse filme tem muita importância. Até hoje faço uns vídeos da ‘Dinda’ e posto na internet sempre com muita repercussão entre o público. As pessoas me chamam de Dinda pelas ruas. É um filme muito esperado por nós porque é a raiz de tudo que vivemos nesses últimos anos. E eu quis honrar e dignificar a vida tão doída de um homossexual negro com dificuldades de se assumir, revelar e se mostrar para a sociedade como ele é ou como gostaria de ser. É um prazer encená-la nesse processo de transição dela e poder mostrar a luta desses homossexuais que tanto sofrem com genocídio, homofobia ou qualquer tipo de violência”.