Líderes e gestores: estratégias para lidar com o Grumpy Staying

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No cenário corporativo, os obstáculos são inevitáveis, entretanto quando a negatividade e a insatisfação persistem, esse obstáculo ganha nome, o Grumpy Staying. O termo vem do inglês e em um contexto empresarial, significa que a pessoa não está satisfeita, já não faz questão de esconder isso e todas as respostas verbalizadas demonstram irritação e falta de admiração ou até mesmo demonstrando com atitudes que não querer fazer parte daquele ambiente. Esse comportamento afeta diretamente a sinergia da equipe, a produtividade e, até mesmo, o ambiente organizacional.

A raiz dessa tendência que se manifesta nas organizações pode ter múltiplas origens como por exemplo, a falta de reconhecimento, comunicação ineficaz, carga excessiva de trabalho e stress. A combinação de problemas não resolvidos tem o potencial de enfraquecer a colaboração e a eficiência, gerar insatisfação e prejudicar a cultura da empresa. Por isso, torna-se crucial que gestores e líderes estejam vigilantes em relação aos sinais apresentados pela equipe.

Sinais de negatividade persistente na equipe

Para identificar a presença dessa atitude na equipe, é necessário estar atento a indícios como afastamento e isolamento dos colegas, desinteresse pelo trabalho e atividades, bem como uma série de atitudes negativas e reclamações constantes.

Se o líder e gestor estiverem próximos do time, dificilmente perdurarão esses sinais, pois entende-se que a atitude de uma conversa franca e aberta, deve ocorrer imediatamente. Entretanto, em empresas com estruturas mais complexas, hierarquias mais extensas ou muitos colaboradores, pode haver uma desconexão que dificulta a percepção. Nesses casos, é fundamental avaliar o clima organizacional, acompanhar os resultados e a performance e promover reuniões presenciais com foco nas pessoas.

Desenvolvendo Soluções: formas de contenção do Grumpy Staying

Após identificar o grumpy staying na equipe, a primeira medida é a comunicação. Ambiente de portas abertas e comunicação transparente são vitais. No entanto, essa prática constante é vital, especialmente quando em várias empresas, a estrutura física aberta nem sempre implica eficácia comunicativa. Cultivar tal cultura exige dedicação diária, tornando-se habitual. Além disso, implementar reuniões periódicas que aplicam de maneira efetiva os princípios da neurociência voltada para a liderança é uma estratégia para conter esse problema.

Há diversas abordagens abrangentes nos programas de treinamento, que podem ser adaptados de acordo com as necessidades de cada empresa. A implementação de um programa de liderança humanizada direcionado aos líderes, juntamente com um programa voltado para a inovação e aprimoramento dos colaboradores, apresenta um valor significativo. Esses programas oferecem a oportunidade para que todos expressem suas opiniões e participem de um plano que, quando colocado em prática, contribuirá para conter a disseminação dessa tendência negativa. Como resultado desses treinamentos, os líderes emergirão com estratégias sólidas para enfrentar esse desafio de frente.

Neurociência aplicada à liderança: quatro estratégias essenciais

Aqui estão algumas maneiras pelas quais a neurociência aplicada à liderança pode ajudar a resolver o problema:

  • Compreensão das emoções e reações

Compreender como as emoções influenciam o comportamento humano permite que os líderes adotem uma abordagem empática e ofereçam suporte direcionado. Interpretar linguagem corporal, por exemplo, ajuda a identificar sinais de descontentamento e a agir de maneira adequada.

  • Criação de um ambiente de confiança e segurança psicológica

Valorizar a importância de um ambiente seguro e de confiança para o bem-estar mental e o desempenho dos colaboradores. Um ambiente onde eles se sintam à vontade para expressar preocupações permite que as emoções negativas sejam tratadas antes que se intensifiquem.

  • Desenvolvimento de habilidades de regulação emocional

Oferecer treinamentos em técnicas de regulação emocional, como mindfulness e exercícios de respiração, permite que os colaboradores enfrentem o estresse e lidem com as emoções negativas que contribuem para o Grumpy Staying. Isso os empodera para lidar de maneira mais saudável com as adversidades do ambiente de trabalho.

  • Comunicação empática e eficaz

Líderes e gestores que se comunicam de maneira empática e eficaz reduzem o Grumpy Staying ao abordar problemas de forma colaborativa e ao proporcionar um espaço para que os colaboradores expressem suas preocupações. Envolver os colaboradores em diálogos construtivos aprimora a relação entre a equipe e a liderança.

Conclusão: nutrindo uma cultura positiva

O desafio do Grumpy Staying não deve ser subestimado no contexto empresarial. A persistência da negatividade prejudica a eficiência da equipe e a cultura organizacional. A comunicação transparente identifica e combate essa tendência, fomentando confiança para expressar preocupações. Treinamentos emocionais preparam os colaboradores para lidar com pressões.

A neurociência na liderança promove empatia, compreendendo como emoções afetam comportamento. Ambientes comunicativos empáticos resolvem conflitos e fortalecem relações.

Programas personalizados de liderança humanizada e desenvolvimento da equipe são cruciais para erradicar o Grumpy Staying. Ao substituir negativismo por colaboração, os líderes transformam a cultura. Surgirá um ambiente de trabalho inspirador e produtivo.

daniele

Daniele Monteiro – Fundadora da Bfly, consultoria especializada em treinamento e desenvolvimento, aplicando a metodologia de neurociência em seus conteúdos. Formada em marketing com especialização em neurociências e gestão empresarial. e 2018

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