Jornalista Rodrigo Bruno explora o impacto do marketing no comportamento de idosos em novo livro

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O professor de Comunicação Social e empresário Rodrigo Bruno lançou o livro “O Novo-Velho: Publicidade, Simulacros e Identificações”, que oferece uma perspectiva inovadora sobre a questão das identidades ao deixar de lado o intenso debate político para abordar o tema sob uma ótica econômica. Adquira o livro através do link https://abrir.link/HweCr.

Com base em conceitos de filosofia, antropologia e marketing, o autor analisa propagandas que mostram idosos em situações tradicionalmente associadas aos jovens para revelar como o marketing está transformando silenciosamente as noções de identidade.

“As marcas incentivam os consumidores a ultrapassarem as fronteiras tradicionais de suas identidades, o que amplia suas opções de compra e, como consequência, aumenta as vendas. Onde o sociólogo vê uma minoria, o gestor de marca enxerga um segmento de mercado,” explica Rodrigo Bruno.

O livro destaca como vivemos nossas identidades — de gênero, etnia ou etária — como se fossem naturais, mas frequentemente esquecemos que elas também são construções sociais. “Tendemos a enxergar nossas identidades como algo natural, mas isso nos faz perder de vista o quanto elas são culturalmente construídas,” ressalta o autor.

Rodrigo Bruno mostra como, hoje, não só os idosos estão sendo retratados praticando esportes radicais, como também cada vez mais homens se sentem à vontade para adotar peças de vestuário feminino e vice-versa. Essas mudanças não apenas redefinem identidades, mas também criam oportunidades de consumo.

“Um bom exemplo é o filme Barbie,” comenta Bruno. “As questões de empoderamento feminino levantadas no filme causaram muita polêmica, mas o que passou despercebido foi o grande número de adultos fantasiados de boneca indo ao cinema. Isso demonstra o sucesso de uma estratégia de marketing que ampliou para o público adulto um comportamento que era associado exclusivamente a crianças.”

A mensagem central do livro é clara: quando um produto criado para um público específico é consumido por alguém com uma identidade “diferente”, todos se beneficiam. O produtor vê suas vendas crescerem, o consumidor ganha liberdade para não seguir convenções, a sociedade se torna mais inclusiva e o mercado se expande com novas oportunidades.

Rodrigo Bruno conclui que a relativização das identidades, impulsionada pelo marketing, é um processo inevitável. “Não faz sentido imaginar que o consumo de pessoas com mais de sessenta anos se limite a bengalas, fraldas geriátricas e andadores.”

SOBRE O AUTOR

Rodrigo Bruno é mestre em Comunicação Social e possui um MBA em Marketing, com mais de 30 anos de experiência na indústria da comunicação. Ao longo de sua trajetória, atuou em diversos setores, como o público, o privado e o terceiro setor, desenvolvendo estratégias eficazes de comunicação e marketing para empresas e instituições de renome. Fundador da Mindprint Marketing Solutions, uma consultoria especializada em comunicação estratégica com foco em sustentabilidade, Rodrigo auxilia marcas a alinhar suas práticas comerciais com valores sociais e ambientais, promovendo conexões mais profundas entre empresas e consumidores. Além de sua carreira no mercado, é professor universitário e autor de ensaios acadêmicos e de negócios.

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