Um dos objetivos de muitos brasileiros é se tornarem empreendedores! Conforme o relatório Global Entrepreneurship Monitor 2022 (GEM) do Sebrae, cerca de 46% dos entrevistados desejam abrir o próprio negócio, sendo o terceiro maior sonho do brasileiro. Enquanto isso, o desejo de construir uma carreira em uma empresa está em 8º lugar, sendo citado por apenas 32% dos participantes. Entretanto, o que muitos não sabem é que os dois anseios podem andar em conjunto com o intraempreendedorismo.
O termo refere-se ao profissional que busca inovações para o ambiente de trabalho dentro dos limites de uma organização já estabelecida, desenvolvendo seus talentos empreendedores e implantando novos projetos e ações que estão alinhados com a visão da empresa, muitas vezes disruptivas para o cenário. Normalmente, o colaborador tem a capacidade e disposição de identificar problemas e oportunidades, e cria soluções com base nelas.
Entre as maneiras de estimular profissionais intraempreendedores, o empoderamento, diversidade, reconhecimento e investimento educacional são as principais formas de desenvolver o colaborador, sendo o último, fator essencial para o desenvolvimento. Segundo a pesquisa Tendências em Tecnologia sobre ‘empresas em relação ao investimento na capacitação de suas equipes’, quase metade afirmaram que investem menos do que o suficiente, outros 26% consideram que fazem um investimento normal, 14% afirmam investir pouco e 5% dizem que não investem nada.
Ter um profissional intraempreendedor na organização pode trazer diversos benefícios para a organização, dessa forma, separei 5:
- Inovação: Fator que pode trazer destaque para a empresa interno e externamente, pois a inovação além de permitir um posicionamento diferenciado no mercado, é muito mais prestigioso quando vem de dentro da organização a mudança, não sendo necessário buscar um profissional de fora para realizar o projeto;
- Retenção de talento: Principal benefício para a organização, o estímulo do intraempreendedorismo por meio de ações da empresa permite que o colaborador se sinta parte da organização e tenha um sentimento maior de satisfação. Um estudo realizado pela Universidade da Califórnia identificou que um trabalhador feliz é, em média, 31% mais produtivo, três vezes mais criativo e vende 37% a mais em comparação com outros;
- Competitividade: Um ambiente competitivo de forma saudável funciona como o combustível para os colaboradores terem mais foco e bons resultados, dessa forma, aumenta o nível de produtividade;
- Colaboração: Com novos projetos e ações na organização, os colaboradores passam a trabalhar em conjunto para implantar as ideias;
- Colaboradores mais críticos: Flexibilizar a comunicação se torna essencial para que os profissionais desenvolvam pensamento mais críticos em relação aos projetos desenvolvidos e implementados, assim, estimula a uma visão ampla dos desafios da empresa, sabendo utilizar os dados nas tomadas de decisões.
A educação corporativa promove a cultura de aprendizagem dentro do espaço da instituição, permitindo que o colaborador se sinta parte do ambiente e proporciona a gestão do conhecimento, contribuindo tanto para o desenvolvimento profissional quanto para o crescimento do negócio. O estudo apresentado na HR First Class – evento de recursos humanos – apontou que 95% dos entrevistados creem que a educação corporativa promove um alinhamento entre os colaboradores e a cultura organizacional, assim, possibilita que o profissional se envolva mais profundamente com a instituição, conseguindo criar projetos mais assertivos devido se sentir pertencente.
Por Flavio Liberal, CEO da WorldEd School