Incontinência urinária atinge 35% das mulheres após os 40 anos

Dra. Grazielly Teles, ginecologista, explica os tipos, causas e opções de tratamento que podem aliviar os sintomas e melhorar o bem-estar das pacientes

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A incontinência urinária afeta muitas mulheres no Brasil, causando desconforto físico e emocional. Segundo estimativas, cerca de 35% das mulheres acima dos 40 anos experimentam algum grau de perda involuntária de urina, problema que pode variar de episódios leves até casos mais graves, impactando atividades diárias e a vida social.

A Dra. Grazielly Teles, ginecologista especialista no tratamento da incontinência urinária, explica que essa condição, embora comum, ainda é cercada de tabus. “Muitas mulheres deixam de procurar ajuda por vergonha ou por acreditarem que a incontinência é algo normal do envelhecimento, mas há opções de tratamento que podem melhorar muito a qualidade de vida,” afirma.

A incontinência urinária pode ter causas variadas, como enfraquecimento dos músculos pélvicos, alterações hormonais e até fatores genéticos. “O tipo mais comum é a incontinência de esforço, que ocorre ao realizar atividades simples, como tossir, espirrar ou levantar peso, devido ao enfraquecimento do assoalho pélvico,” detalha a Dra. Grazielly. Outros tipos incluem a incontinência por urgência, caracterizada pela vontade súbita de urinar, e a mista, que envolve ambas as condições.

O tratamento varia conforme a gravidade e o tipo de incontinência. Para casos leves a moderados, exercícios para fortalecimento do assoalho pélvico, como os exercícios de Kegel, podem ser eficazes, assim como o uso de fisioterapia pélvica. “A fisioterapia é um recurso acessível e de alta eficácia que ajuda a melhorar o controle urinário e a fortalecer a região pélvica,” explica a ginecologista. Além disso, em alguns casos, a utilização de pessários – dispositivos inseridos na vagina para sustentar a uretra – pode ser indicada.

Grazielly Teles
Dra. Grazielly Teles

Para casos mais graves, existe a opção de tratamento com medicação e procedimentos minimamente invasivos, como a aplicação de laser intravaginal, que auxilia no fortalecimento dos tecidos pélvicos. “Em situações onde a incontinência é mais avançada, o laser ou até procedimentos cirúrgicos, como a colocação de slings, podem oferecer ótimos resultados,” explica a Dra. Grazielly Teles. Esses procedimentos são geralmente rápidos e proporcionam uma recuperação relativamente simples.

A especialista ressalta a importância de buscar orientação médica assim que os sintomas se manifestam. “A incontinência urinária não precisa fazer parte da vida de nenhuma mulher. Existem alternativas seguras e eficazes para cada caso,” finaliza a Dra. Grazielly, incentivando as pacientes a procurarem tratamento para uma vida mais confortável e confiante.

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